A adesão ainda é baixa nas instituições, mas a expectativa é de um retorno gradual das crianças.
A volta às aulas presenciais não foi de sala cheia nas poucas escolas de Educação Infantil que decidiram reabrir na rede particular de ensino de Campo Bom na terça-feira,13. Depois de sete meses de portas fechadas, as instituições retomam as atividades presenciais após publicação do decreto municipal. Mantida a classificação em bandeira laranja no sistema de distanciamento controlado, a cidade cumpre todos os requisitos necessários para permitir o retorno dos alunos às salas de aula.
Pelo cronograma divulgado pela prefeitura, o retorno começa pela Educação Infantil e o Ensino Médio, Ensino fundamental – anos finais – no dia 28, e, ensino fundamental – anos iniciais – em 12 de novembro. Também está autorizado o retorno facultativo das aulas presenciais para os nonos anos da rede pública municipal, a partir do dia três de novembro.
A nova rotina
No início da tarde de terça-feira, a Escola de Educação Infantil Kinder Haus teve movimentação intensa antes das 14hs, horário marcado para o reinício das atividades — de forma escalonada. A previsão era receber dez crianças.
Com um planejamento minucioso, a escola montou um esquema para receber os alunos: na entrada os pequenos passavam pelos tapetes sanitizantes e totens com álcool em gel, ali mesmo, as crianças trocavam de calçados para entrar no prédio e tinham a temperatura aferida por funcionários e, na sequência, eram liberadas para ingressar. Todo o trajeto era conduzido pelos monitores da instituição.
Para além de todos os equipamentos de proteção individual (EPI) usados pelos funcionários e higienização constante de superfícies de toque, o colégio preparou todo o esquema de recepção para evitar aglomerações. A equipe passou por diversas simulações para treinar o posicionamento dos funcionários e como seriam o acesso e a saída dos responsáveis.
De acordo com a diretora Joice Hoerlle, antes do retorno os pais dos 58 alunos da instituição participaram de uma reunião individual onde foram passadas instruções e um manual de proteção e cuidados elaborado pela escola, protocolo que segue orientações do Centro de Operações de Emergência em Saúde para a Educação (COE-E Municipal). “Vamos iniciar com quatro horas de atividades, respeitando as determinações do COE-E para ser o mais cauteloso possível. Temos salas de aula amplas e prontas para receber os alunos. Além disso, a orientação tem sido uma importante ferramenta, desde como caminhar nos corredores até o acesso à instituição”, informou.
O trabalho de conscientização dos alunos também apresenta resultados positivos, conforme a diretora: “Retornamos de forma escalonada, mas o grupo que já voltou está conseguindo se adequar às regras, utilização de máscara, seguindo demarcações. Eles sabem respeitar, entendem que não podem abraçar, dar beijo”.
Opção das famílias
Como a participação dos alunos nas atividades presenciais não é obrigatória, a decisão final cabe aos pais. A analista de crédito, Marcilaine Reis, decidiu que era hora de enviar o filho, Antônio, de 5 anos no primeiro dia de atividades na escola. O motivo foi a segurança com os protocolos sanitários da instituição. “Estamos felizes com o retorno. Ele sentia falta da rotina, dos amiguinhos, sem falar em toda a estrutura que a escola disponibiliza, tanto na questão de aprendizagem como de segurança. Eu sei que aqui ele está bem”, afirma.