Por Giordanna Vallejos
Nos meus breves anos de jornalismo, posso dizer que vivi experiências que ficarão para sempre guardadas em minha memória. Quando tiramos uma simples ideia do papel e colocamos em prática, podemos observar o poder transformador dela. E foi assim com o Diego Hairá Pessoa Souza, menino de apenas dez anos que sempre manifestou um desejo irrefutável de um dia ser repórter do Jornal A Gazeta.
Ao conhecê-lo, na Câmara de Vereadores, era nítida a sua capacidade de falar sobre diversos temas complexos e sua curiosidade – habilidades necessárias para um futuro jornalista. De certa forma, me enxerguei no brilho nos olhos dele ao falar sobre trabalhar com a profissão da qual sou completamente apaixonada.
No mesmo dia, sugeri para a Angélica e o Mauri, para deixarmos ele ser repórter por um dia. A Angélica, muito sabiamente, sugeriu que esperássemos para fazer a ação no dia das crianças. E assim os dias foram passando, e chamamos o pai dele e vereador da cidade, Victor Souza, para anunciar que Diego poderia escrever uma reportagem sobre qualquer tema, que seria publicada em homenagem ao dia das crianças.
Prontamente e com muita empolgação, Diego sugeriu que gostaria de entrevistar alguns colegas da sua escola, Marques do Herval, sobre animais. Como a ideia envolveu a educação, o Mauri escreveu um projeto, que foi aprovado pela secretária Simone Schneider e pela direção da escola.
Na sexta-feira dedicada ao repórter mirim, chegamos na escola pela manhã, colocamos o crachá de imprensa em Diego e ele entrevistou com muita habilidade os colegas, a professora, a diretora e a coordenadora. Além disso, finalizou com um longo discurso em agradecimento a todos.
Na parte da tarde, Diego trabalhou conosco na redação. Como um bom jornalista, transformou as suas anotações e percepções na matéria que pode ser lida ao lado. Acredito que nunca esquecerei a felicidade que ele demonstrou em estar na redação, muito menos o Mauri ou a Angélica. Espero que o Diego, em um futuro breve, seja um colega de profissão e que essa semente do Projeto Repórter Mirim, floresça mais vezes no Jornal A Gazeta.
Entrevistas do Repórter Mirim
O melhor dia da minha vida
Por: Diego Hairá Pessoa Souza
10 anos (Repórter Mirim)
Eu Diego, de dez anos, na sexta-feira, 6 de outubro, entrevistei meus colegas de aula da Escola Marques do Herval, na turma 51, sobre animais. O primeiro foi o meu melhor amigo Daniel Machado Pereira, de 10 anos. O Dani não tem animais, mas o seu animal favorito é a capivara, ele sempre quis ter uma, por se identificar com as capivaras.
Helena Valentina de Cristo, de 10 anos, tem um cachorro. O animal favorito dela logicamente é um cachorro. Perguntei o motivo de ter um cachorro, ela disse: “por serem companheiros e brincalhões”.
Pietro Aragão Morais, de 11 anos, morava em Porto Alegre. Não tem animais, mas gosta de cachorros, por serem fofos e brincalhões.
Manuela da Silva Araújo, de 11 anos, tem um cachorro e gosta logicamente de cachorros por serem fofos e porque dá para brincar com eles.
João Batista tem dois cachorros (Nutella e Boneca) seu animal preferido é o mais inusitado, um tatu-bola. Gosta de cachorros por serem fofos e porque protegem a casa.
Rafaela França, tem um cachorro e seu animal favorito é o hamster. Ela gosta de cachorros, por se identificar.
Otávio Nazario Dill tem três gatos, animal favorito dele é o gato. Por gostar e por ser fofo.
Alexia Marrie da Silva, de 10 anos, tem cinco cachorros, três gatos. O seu animal favorito é o gato e gosta de animais, por serem fofos e brincalhões.
Minha professora Lizandra Patrícia Gottlieb disse “Você escolheu um tema que apreciamos bastante, que são os animais. Também imagino o quanto esse momento está sendo significativo para ti, já que foi um sonho desde pequeno. Quero te parabenizar por esse momento e agradecer ao Jornal A Gazeta, por proporcionar esse momento para você e para a turma também. Tenho uma cachorrinha chamada Flor”.
A minha diretora, Pamela Manuela Silva Fontena Klein, disse “Esperamos que continue esse projeto, das crianças serem jornalistas por um dia. Tenho dois cachorros, um gato, uma tartaruga e mais de 100 tenébrios. Eles são besouros na fase larval. Tenho eles porque o meu pai, antes de falecer, começou a criar eles para pescar e ele faleceu. A minha herança foram os tenébrios, então cuidamos deles, é para pescar, mas tenho pena de colocar eles no anzol”.
A minha coordenadora, Grasiela Rodrigues Dias, disse “Achei muito legal, porque é a realização de um sonho teu. É o início de tudo. Ficamos felizes vendo que tu está realizado. Tenho quatro cachorros”.
Agradeço ao Jornal A Gazeta pela estrutura e o apoio. Agradeço a também a Giordanna que sugeriu o projeto.









