A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) afirmou que o produto químico que atingiu a água de um arroio, afluente do Rio do Sinos no dia 2 de outubro em Campo Bom foi soda cáustica. De acordo com o parecer dos técnicos, o vazamento ocorreu na estação de tratamento da Verallia, empresa multinacional que atua na fabricação de vidro e cristal. O caso veio a toma após moradores encontrarem peixes e animais mortos no local.
Em nota, a Fepam relata que a soda cáustica atingiu a rede pública e gerou riscos para a saúde pública, além da morte de animais. Foram necessários nove dias de trabalho e monitoramento para que fosse encerrado o risco de novas contaminações. O abastecimento de água no município não foi prejudicado, segundo a Fepam.
Cerca de 2 mil metros cúbicos, o equivalente a dois milhões de litros de efluentes e resíduos foram contaminados. A empresa, segundo a Fepam, colaborou durante todo o processo. O trabalho também foi feito em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente de Campo Bom. A empresa foi autuada, e responderá a um processo administrativo. O valor da multa está em análise pela fundação.
Empresa afirma que não foi notificada
Em nota enviada ao AG, a multinacional informou que não recebeu nenhuma notificação do órgão estadual. “A Verallia informa que ainda não foi notificada e, caso isso ocorra, apresentará seus argumentos administrativamente. A empresa reafirma seu compromisso em atender as legislações ambientais vigentes, tendo tratado o incidente de maneira rápida, eficiente e profissional, com respeito às pessoas e aplicação das melhores técnicas disponíveis”, diz o texto.