Quem furar a fila pode responder por crimes de corrupção, além de peculato.
O Rio Grande do Sul recebeu 200 denúncias de fura-fila da vacina da Covid-19 em um único dia, após o lançamento de uma ação conjunta para que as pessoas possam denunciar as irregularidades. Se a vacinação indevida for comprovada, a pessoa poderá responder por crimes de corrupção ativa ou passiva, além de peculato, com penas que vão de 2 a 12 anos. As cidades com maior número de denúncias são Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul, Agudo, Alvorada, Gravataí e Torres.
E aqui em Campo Bom?
“Nós não temos nenhuma denúncia [de furo na fila de vacinação] registrada dentro da ouvidoria ou que a gente tenha conhecimento, e não fomos questionados também nem, no Ministério Público e nem em outro local”, diz o secretário da Saúde, João Paulo Berkembrock. Ele explica que, todos os dias, ao fim do dia, é feita uma conferência sobre a quantidade de pessoas que são vacinadas e de doses remanescentes. Todos os locais que cumpriram a vacinação, como hospitais e pronto atendimentos, designam uma pessoa responsável para fazer as aplicações e, no final do dia, se faz uma listagem do que sobra e de quem foi vacinado.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) lançaram um formulário para denunciar ‘fura filas’ (https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf9i-MxB1XRpsG4BEepVwW1X3gHZRc8rOnD9evWatIEA34t4w/viewform). Para denunciar, deve-se preencher todos os campos indicados: nome, contato, o fato ocorrido e em qual município e serviço ocorreu a irregularidade. A Polícia Civil também abriu um número para denúncias: (51) 98444-0606. A identidade de todos será preservada.
Próximas fases da vacinação
Não há nenhum lote novo de vacinas programado para chegar em Campo Bom no momento, porém, a prefeitura espera que um número maior de doses seja recebido, quando a próxima leva vier.
Em seguida, serão aplicadas as vacinas de acordo com o cadastro que está sendo feito, para acamados e domiciliados acima de 60 anos. Lembrando que, esses cadastros são para aquelas pessoas que não moram em áreas cobertas pela Estratégia da Saúde da Família, pois essas áreas terão o agendamento direto com seus agentes de saúde.
“Depois dos acamados e domiciliados com mais de 60 anos, nós vamos aguardar o informativo técnico. Se nós pudéssemos, já estaríamos com o cronograma todo pronto, só que é o Estado quem vai receber as doses e vai olhando, dentro daquilo que a gente tem cadastrado no sistema, o que consegue suprir melhor”, explica o secretário, “O que a gente imagina é que deva começar com os pacientes mais idosos, com mais de 85 [anos], depois com mais de 70, depois com mais de 60, nesse sentido”, finaliza.