Campo Bom já opera como Central Regional de Triagem de Testes para o diagnóstico do novo Coronavírus. Além de testar os moradores, o Município centraliza e direciona para o Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale as amostras enviadas pelas secretarias de saúde de outros onze municípios que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio do Sinos (AMVARS) entidade presidida pelo prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi. A implantação da central de triagem em Campo Bom foi deliberada semana passada em reunião de gestores regionais de saúde sendo que o fato de Campo Bom oferecer espaço físico e equipe técnica para esses procedimentos foi determinante para essa definição.
Segundo a secretária de Saúde de Campo Bom, Suzana Ambros Pereira, cada prefeitura é responsável pela coleta das amostras de seus pacientes e o respectivo envio para a central de triagem localizada no segundo andar do Centro Administrativo Municipal. Neste tipo de teste – que segue protocolo do Ministério da Saúde – são coletadas amostras de secreção respiratória dos pacientes suspeitos de estarem infectados. Depois de encaminhados para Campo Bom os exames são triados pela equipe técnica e remetidos à Feevale que prevê entre 24 e 48 horas para liberação dos resultados aos municípios. Por meio da AMVARS deverão passar pela Central Regional de Triagem mais de dois mil testes, número correspondente ao total de kits comprados por meio da entidade.
O prefeito Luciano Orsi explica que essa centralização da triagem visa a agilizar e organizar o processo de envio dos testes à Feevale. “A rapidez do diagnóstico auxilia no tratamento do paciente e também é fundamental para que nós, gestores, adotemos medidas estratégicas em relação à pandemia. De sábado para cá, apenas para o município de Campo Bom, foram coletados 10 testes todos com resultados negativos para Covid-19.
Como funcionam os testes realizados pela Feevale
A universidade não é um posto de coleta. Todas as amostras serão coletadas nos espaços de saúde dos municípios, conforme recomendações do Ministério da Saúde. Após as amostras serem encaminhadas pela Central Regional de Triagem, os testes são realizados no Laboratório de Microbiologia Biologia Molecular da instituição.
Para efetuar o exame diagnóstico, é necessário um kit, adquirido pelas prefeituras. A partir desse kit, a Feevale, com seus profissionais e infraestrutura, realiza os exames – serão feitos tantos testes quantos kits forem adquiridos. “Este é o mesmo teste feito pela rede pública, seguindo o protocolo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde”, explica o professor do mestrado em Virologia, Fernando Spilki.
Para os testes, serão coletadas amostras de secreção respiratória dos pacientes que têm suspeita de estarem infectados. Os exames ficam prontos entre 24h e 48h a partir do recebimento das amostras, e os resultados serão divulgados por cada município. O Laboratório tem capacidade inicial de testar 50 amostras por dia. “Esses diagnósticos são possíveis mediante parceria estabelecida entre o mestrado em Virologia da Feevale e a Rede-Vírus, bem como o recebimento de controles positivos enviados pela Universidade de São Paulo.