Tentativa de fraude eleitoral com uso de inteligência artificial esquentam a disputa à prefeitura de Campo Bom

A disputa eleitoral em Campo Bom, tomou um novo rumo com o surgimento de acusações envolvendo dois candidatos à prefeitura. O candidato Giovani Feltes (MDB), publicou nas suas redes sociais um vídeo onde relata um esquema de criação de conteúdo falso, que poderia influenciar diretamente o resultado das eleições.

Na denúncia encaminhada para a Justiça Eleitoral, Feltes revelou que um designer gráfico, especialista em criar deepfakes – (vídeos falsos gerados com o uso de inteligência artificial ) – o procurou afirmando ter sido contratado por seu adversário, Faisal Karam (Republicanos), para produzir um vídeo incriminador. Segundo o designer, o material teria o intuito de mostrar Feltes supostamente recebendo propina de uma empreiteira há cerca de 20 anos, quando era prefeito de Campo Bom.

Ainda no vídeo divulgado, Feltes afirma que, junto à sua equipe jurídica, orientou o designer a procurar o Ministério Público e apresentar provas sobre o suposto esquema. O candidato frisou a importância de esclarecer o caso de forma legal, buscando evitar que um crime eleitoral prejudicasse o processo democrático.

Diante da gravidade das acusações, foi solicitado um trabalho de análise forense para verificar a veracidade dos vídeos que mostram reuniões entre Faisal Karam e o designer. De acordo com os peritos contratados, as imagens das reuniões são autênticas e confirmam o encontro.

O episódio levantou preocupações em Campo Bom sobre o impacto de possíveis crimes eleitorais no resultado das urnas, e autoridades já se mobilizam para investigar o caso e assegurar que o pleito ocorra de forma justa. O Ministério Público está apurando os fatos e promete uma resposta rápida à comunidade.

A Central A Gazeta de Eleições, em contato com a candidatura e a equipe jurídica, de Faisal Karam, representada pelo advogado, Vanir de Mattos se pronunciou relatando que essa é uma denúncia grave e fantasiosa. “É uma acusação de algo que nunca aconteceu. Ficou muito claro para nós que foi uma situação arquitetada. Esse rapaz foi colocado na frente do Faisal. Ele insistentemente quis vender um produto de tecnologia da informação que não era só inteligência artificial. Mas nada disso aconteceu no plano da realidade. As conversas sim aconteceram, porque esse rapaz foi plantado para desde o primeiro encontro,  fazer a gravação as imagens ambientais do encontro. Quem vai oferecer um produto honestamente e vai gravar o comprador? Agora vamos trabalhar perante a opinião pública para revelar que essa acusação é fantasiosa”, afirma Mattos.  

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