Robótica, programação, redes, impressão 3D, segurança e mídias digitais serão alguns dos temas tratados nas escolas da rede municipal de Campo Bom a partir de 2020, por meio da nova disciplina, Educação em Tecnologias implantada na grade curricular dos 8º e 9º anos do ensino fundamental. Serão 50 minutos semanais onde os estudantes irão trabalhar os recursos tecnológicos na prática. O modelo pedagógico pioneiro conectará o ensino à realidade dos alunos do século 21.
De acordo com a secretaria da Educação e Cultura, Simone Schneider todas as escolas que oferecem os anos finais da educação básica estão prontas para trabalhar com o componente curricular Tecnologia. “A escola não pode ignorar os avanços tecnológicos que ocorreram nas últimas décadas. No entanto, precisa ter nas tecnologias digitais um apoio, e não o principal protagonista do processo de aprendizagem. A educação é um alicerce para a sociedade do futuro”, afirma. “Sem ela, não teremos condições de superar os problemas que temos causado ao longo dos séculos e a implantação da Educação em Tecnologias visa isso, preparar o estudante para trabalhar com questões reais e se utilizando da tecnologia como elemento benéfico neste processo”, completa.
Segundo Simone foram adquiridos no final de 2019 com recursos municipais 135 novos computadores, 15 para cada um dos nove laboratórios das instituições onde será desenvolvida a disciplina. Os dez professores selecionados para ministrar as aulas continuarão a passar por formação ao longo do ano. “O uso dessas ferramentas ainda exige adaptações dos sistemas de ensino. A principal delas passa pelo investimento na formação dos professores, por isso estamos firmando parcerias com o Sebrae e outras entidades para qualificar ainda mais o nosso corpo docente”.
Ainda de acordo com Simone, a disciplina de Educação em Tecnologias foi estruturada e construída com os professores da rede, especialistas na área que desde o mês de agosto do ano passado estão trabalhando no desenvolvimento da nova matéria. “Eles trouxeram a realidade de cada escola, o que acreditavam que era necessário para a realidade de cada aluno, isso foi um diferencial enriquecedor. Pois só o professor que está no dia a dia, dentro da sala de aula sabe aonde está a dificuldade/ problema enfrentado pelos estudantes”.
Para a secretária, a escola do futuro é aquela que ajudará a formar cidadãos com pensamento crítico e inteligência emocional, preparados para trabalhar em equipe e que aceitem a diversidade. “A tecnologia é um instrumento de abertura da escola para o mundo, uma vez que viabiliza a formação de cidadãos mais conectados – uma qualidade extremamente importante atualmente. O que está em curso é uma revolução cultural, o processo de construção de uma nova escola mais interativa, dinâmica e atraente” conclui.