Quatorze dos 15 prefeitos que integram a R7 votaram pela manutenção da congestão, decisão que será levada amanhã, 22, pelo presidente da Amvars, Luciano Orsi, à reunião com governador do Estado.
Ontem mesmo, prefeitos conversaram por meio de aplicativos e definiram por recuar os protocolos da bandeira preta – classificação da R7 anunciada sexta pelo governador Eduardo Leite- ao limite da bandeira vermelha, conforme permite o Modelo de Distanciamento Controlado do RS (MDC). Com isso criou-se a bandeira ‘Roxa’, regional. Mantendo-se a cogestão as regras passam a valer a partir de terça-feira em toda a R7, sendo que os municípios têm autonomia para restringir mais do que a bandeira sugerida.
AGILIZAR – Segundo o presidente da Amvars a opção dos prefeitos foi por ganhar tempo e já adiantar o envio dos documentos com os novos protocolos para o Governo do Estado a fim de garantir que, mantida a congestão, todos possam já trabalhar sob as regras vigentes. ‘Nossa a região vinha sob a vigência da bandeira vermelha, adotando protocolos próprios de bandeira Azul, no limite da bandeira laranja. Se a cogestao for suspensa teremos um impacto muito grande, pois sairemos de um protocolo mais flexível para um bem mais restrito, o que é prejudicial para toda a economia. Entendemos a gravidade do atual quadro epidemiológico, mas não é fechando empresas ou limitando o acesso de funcionários que isso será resolvido. De uma maneira geral, em nossas cidades, as empresas, prestadores de serviços e comércio têm seguido os protocolos exigidos. Por isso somos favoráveis pela manutenção do funcionamento desses estabelecimentos. Agora, quanto a agir para inibir a circulação de pessoas e aglomerações em espaços públicos e até privados, somos favoráveis. Orsi entende que o recente decreto que proíbe o funcionamento dos estabelecimentos das 22h às 5h será um importante aliado para conter as aglomerações noturnas que são uma realidade em todo o estado. “Estamos no verão e a noite acaba sendo um convite às festas e aglomerações, por isso essa medida pode ter muito efeito desde que cumprida e para isso, além das equipes municipais de fiscalização precisamos contar com a ajuda dos organismos de segurança do Estado”.
ESCOLAS – Orsi também destaca a importância de se rever o tema educação. “Não vejo sentido também em impedir a continuidade ou retomada das aulas. Aqui em Campo Bom por exemplo, o ano letivo já havia iniciado com todos protocolos sendo seguidos à risca, como, tenho certeza, que em todas as cidades da região”.
CRUZADA – Para o presidente da Amvars a exigência nesse momento é pela manutenção dos protocolos sanitários por parte da população. “Esse tipo de compromisso depende muito mais de cada um do que do poder público. Têm coisas que fogem às nossa alçada! Precisamos convocar as pessoas para se unirem em uma ‘cruzada cidadã” voltada a coibir abusos e aglomerações. Infelizmente tem gente que ainda não entendeu o momento que estamos enfrentando e segue agindo como se não houvesse uma pandemia. Precisamos uns dos outros para coibir esse tipo de comportamento.