“Com a pandemia do novo coronavírus, as pessoas deixaram os cuidados de lado, mesmo estando mais em casa”, ressalta a Diretora da Divisão de Vigilância em Saúde.
Sol, calor e chuvas passageiras são três características da estação mais quente do ano. E é nesse ambiente que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, faz a sua reprodução. O risco de propagação do mosquito aumenta nos dias de altas temperaturas e chuvas fortes, pois as fêmeas procuram locais quentes e úmidos para que seus ovos possam eclodir.
Para evitar essa proliferação, é preciso adotar algumas medidas, que se tornem permanentes, para o controle do mosquito transmissor, como manter recipientes fechados com tampas e evitar vasilhas ou similares que retenham água.
No município, os agentes de endemias continuam realizando o monitoramento para conter possíveis focos de dengue. Estão sendo dadas orientações para as pessoas no portão de suas residências (com distanciamento mínimo de dois metros entre os agentes e as pessoas presentes no momento da visita), e há planos para retornar com a realização da vistoria peridomiciliar. De acordo com Luiza Reichert, Diretora da Divisão de Vigilância em Saúde, não houveram casos de dengue em 2020 no município, somente suspeitos, mas todos foram descartados.
“Com a pandemia do novo coronavírus, as pessoas deixaram os cuidados de lado, mesmo estando mais em casa”, alerta Luiza. “Para citar um exemplo: temos pontos estratégicos que são visitados a cada 15 dias, e foram encontrados muitas larvas do Aedes aegypti”.
Denúncias sobre possíveis focos de Dengue podem ser feitas no protocolo da prefeitura, pelo telefone 3598-8600, ramal 8770.
Sintomas
Normalmente, a primeira manifestação de dengue é a febre alta (entre 39 a 40°C), que dura em torno de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, exaustão, dor nos olhos e erupções na pele. Falta de apetite, náuseas e vômitos também são comuns.
Quais os hábitos do mosquito?
O Aedes aegypti vive de 35 a 45 dias, sendo que sua alimentação, reprodução e postura dos ovos ocorre durante o dia. As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).
Ciclo de reprodução
A fêmea pode depositar até 100 ovos em recipientes que tenham ou que possam acumular água. A fêmea escolhe mais de um local para realizar cada desova, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Os ovos se desenvolvem muito rapidamente onde, num ciclo de aproximadamente sete dias, surge um mosquito adulto. A Diretora da Divisão de Vigilância em Saúde ressalta que, é importante que cada um observe o seu ambiente toda semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.