Há um ano viemos enfrentando as mudanças impostas pelo novo coronavírus e de lá para cá, cerca de 11,5 milhões foram infectados e quase 280 mil perderam a vida no país em decorrência da pandemia. Após as festas de final de ano o contágio aumentou consideravelmente e passado período de carnaval não foi diferente. Com tudo isso, novas variantes estão sendo descobertas e estão se espalhando rapidamente pelo Brasil, atingindo cada vez mais pessoas.
Segundo o cardiologista Augusto Vilela, a segunda onda do vírus requer cuidado redobrado, principalmente dos pacientes que apresentam comorbidades. “A pessoa que não apresenta problemas de saúde têm maior probabilidade de ser contaminada pelo vírus, devido a sua mutação e presença no organismo. Não podemos mais mensurar quem tem mais ou menos chance de ser contaminado. Pacientes que apresentam problemas cardíacos, diabetes e obesidade, por exemplo, devem ter um cuidado ainda maior, pois os efeitos do coronavírus no organismo estão sendo mais danosos, elevando as probabilidades do agravamento do estado de saúde do paciente e posteriormente, podendo levar à morte”, alerta Vilela.
Embora a vacina seja uma realidade, os números divulgados pelas Secretarias Estaduais de Saúde mostram que até o dia 01 de março, 6.770.596 brasileiros receberam, pelo menos, a primeira dose do imunizante, o que equivale a 3,2% da população. “A vacina não anula o uso de máscara e demais protocolos de prevenção que a população está orientada a seguir. A conscientização precisa ser de todos, independente da idade ou fator de risco. Com as mutações que o vírus vem sofrendo, dificilmente conseguiremos traçar quem tem mais ou menos chance de ser contaminado e para vencermos a pandemia, é preciso mais conscientização e entendimento quanto a gravidade do coronavírus”, completa o cardiologista.