Os principais patinadores do Mercosul estão em solo campo-bonense. Com programação aberta e gratuita, a Copa Mercosul de Patinação Artística é realizada em Campo Bom até o próximo domingo, 20. As apresentações acontecem das 8h às 22h, no Ginásio de Esportes Karl Heinz Kopittke.
O torneio internacional está recebendo 1180 atletas de 70 clubes do Brasil, Uruguai e Paraguai de diversas categorias, individuais e coletivas, dos dois aos 68 anos de idade. “Esse evento representa o alto nível de competição em nível internacional e serve de balizador das competições no próximo ano para os técnicos”, explica, Léo Bengochêa, presidente da Patinart e da Federação Gaúcha de Patinagem.
A patinação artística exige técnicas, equilíbrio, beleza e determinação. Fatores que são analisados pela comissão julgadora. Os juízes avaliam a precisão com que os patinadores realizam os movimentos e acrobacias, que incluem saltos e giros semelhantes aos da patinação no gelo. Em algumas modalidades como Livre, Duplas, Dança, Solo e Show é obrigatório o acompanhamento musical, sendo assim a apresentação julgada por inteiro, desde a coreografia até a compatibilidade do figurino com a trilha sonora. Os movimentos obrigatórios em cada modalidade variam a dificuldade e a incidência de acordo com a categoria etária do atleta.
Graça e técnica sobre patins
O patinador e técnico santa-cruzense Leonardo Machado Azambuja, de 21 anos, compete na categoria premium internacional. Ao longo dos últimos 10 anos, ele acumula mais de 60 medalhas de pódios nacionais e internacionais, além de ser o 10º melhor do mundo em sua categoria. Este ano ele preparou 26 atletas para a Copa Mercosul. “Na competição sempre adquirimos muita experiência positiva. São vários competidores de clubes e escolas de todo Brasil e América do Sul. A equipe toda se preparou, com muito foco, e alguns atletas já buscando se preparar para competições futuras”, acrescenta Azambuja, que treina de 5 a 6 vezes por semana.
Pela primeira vez competindo no Rio Grande do Sul, a patinadora de São Vicente/SP, Laura Andrade Vieira, de 13 anos, avalia a nova experiência como enriquecedora. “Eu gosto muito das apresentações. A gente treina tanto para chegar lá, usar o figurino, fazer maquiagem e cabelo. Dá uma sensação de orgulho, ainda mais quando a plateia celebra. Fico empolgada e dá vontade de dançar mais. Eu não quero parar de patinar, pretendo continuar e ser profissional”, diz ela.
Emoção que é compartilhada pela mineira Camila Fernanda Nogueira, 11 anos. A jovem atleta trocou o gelo pelas pistas há cerca de um ano. No Rio Open 2015, campeonato nacional de patinação artística no gelo, na categoria 7/8 anos ela foi medalha de bronze e se classificou para o Campeonato Sul-americano, que ocorreu em Lima no Peru. “Me surpreendi com o nível e a qualidade técnica das competidoras, o que estimula a treinar mais e mais”, revelou Camila.
O Troféu Brasil de Patinação Artística é realizado pela Patinart Academia de Patinação de Novo Hamburgo com o apoio da Prefeitura de Campo Bom.