“Venci a batalha contra a Covid-19”, diz campo-bonense que ficou mais de 40 dias entubado

“Eu tinha muito medo de ser entubado”, recorda Marcos Santos da Silva, de 43 anos, morador do bairro Quatro Colônias, que ficou hospitalizado no Lauro Reus por oitenta e um dias, após complicações decorrentes da Covid-19.

Em entrevista exclusiva para o AG, o campo-bonense conta um pouco de sua jornada. Nos primeiros dias de dezembro, os sintomas começaram. “Eu fui ao médico no dia 3 e solicitaram um exame e testei positivo para Covid-19”, narra. “Retornei ao médico do hospital Lauro Réus no dia 6 de dezembro para fazer uma nova consulta e nisso já fui internado.”

Em seguida, informaram a Marcos que ele iria para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pois só oxigênio não estava dando conta e seu pulmão estava 50% comprometido “Ao meio dia o médico queria me entubar, pedi para não fazer isso pois eu tinha muito medo”, relata. Depois disso, ele diz não lembrar mais nada. Os próximos quarenta dias foram um branco na memória dele. “Me contaram que eu já não estava mais aqui, somente os aparelhos estavam ligados. No dia 16 de dezembro, minha família foi chamada para se despedir, porque o quadro era muito grave.”

Parentes e amigos convocaram vigílias em frente ao hospital durante as madrugadas para orar por ele e por cada profissional de saúde que o acompanhava. Após alguns dias, seu quadro foi melhorando. “Quando acordei, eu me assustei, pois não senti meu corpo e não tinha coordenação motora, mas os profissionais me acolheram muito bem e começamos a intensificar a fisioterapia. Eu percebi o cuidado de Deus no carinho de cada um dos profissionais e da minha família”, expressa. Marcos recebeu alta no dia 25 de fevereiro deste ano.

“Observando tudo que passei e ouvindo tudo o que aconteceu me sinto mais que vencedor. Venci a batalha contra a Covid-19 e a cada dia, venço novos obstáculos. Estou fazendo fisioterapia, hidroterapia e também fisioterapia pulmonar. Tenho dificuldade para caminhar e um pouco de tremor involuntário no braço esquerdo. Mas me sinto bem.”

Sair da versão mobile