O isolamento social ganhou um novo capítulo quando a Prefeitura de Campo Bom publicou um decreto na última semana, onde passou a exigir o uso de máscaras cobrindo o rosto e o nariz durante o período de pandemia do novo Coronavírus. Antes, o uso do material era recomendado apenas para pessoas com sintomas respiratórios, como tosse ou dificuldade de respirar, profissionais de saúde e pessoas que prestam atendimento a indivíduos com sintomas respiratórios.
Entretanto, houve mudança de orientação para que as pessoas saudáveis evitem a proliferação de partículas respiratórias. Embora não seja aconselhado por autoridades, algumas pessoas também têm optado por utilizar luvas para, por exemplo, ir ao supermercado. “O objetivo do uso de máscaras domésticas por pacientes saudáveis é de evitar a contaminação do próximo. A pessoa não deve usar a máscara para se proteger, mas sim para proteger os demais. Assim, automaticamente também estará protegida. É um pensamento coletivo e que caminha em conjunto com a higienização das mãos com água e sabão”, explica a infectologista Fábia Rafaela Corteletti.
Na última semana, a Administração Municipal publicou em suas redes sociais um manual para utilização das máscaras por pessoas saudáveis, que podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros. Além das orientações de como confeccionar o material em casa.
No entanto a utilização frequente destes materiais por parte da população tem gerado algumas dúvidas quanto a forma de higienização e de descarte, se necessário. Conforme o Ministério da Saúde, a ordem é deixar a máscara caseira no molho com água sanitária por 10 minutos. “Considerando que a pessoa que utiliza a máscara esteja saudável, o que é importante salientar, a limpeza a ser feita é a mesma de outros casos. Água e sabão. Se quiser, também pode usar algum desinfetante, como hipoclorito. Mas a água e sabão é fundamental” comenta Fábia.
Existe uma resolução específica para o descarte de máscaras, luvas e outros itens em uso hospitalar. Para o uso doméstico, entretanto, ainda não há uma definição das formas. A orientação dos especialistas é realizar um descarte comum, caso seja necessário. “O descarte é o menor dos problemas e pode ser feito no lixo comum. É o mesmo caso de espirrar em um lenço de papel e colocá-lo no lixo. A secreção está ali. Se a pessoa não estiver infectada, não há risco”, explicou a infectologista.