Comparação é com o mesmo período do ano anterior.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou a última semana um balanço sobre crimes cometidos em todo o Rio Grande do Sul.
Em Campo Bom o comparativo, entre 2019 e 2020, mostra uma queda no número de roubo de veículos, em compensação houve aumento nos casos de furto.
A queda no número de roubos foi de 33%, tendo sido registradas 72 ocorrências (contra 96 em 2019). Já os furtos tiveram um aumento de 25%, com um total de 141 contra 112 do ano anterior.
De acordo com o comandante da Brigada Militar campo-bonense, capitão Tiago Reimann, a redução desse crime patrimonial – roubo de veículo – é especialmente importante e comemorada pela BM, pois impacta diretamente nos crimes contra a vida.
“Quando cheguei na 3ª Cia do 32º BPM, em fevereiro de 2017, tive como solicitação do Comando do Batalhão e do Comando do CRPO/VRS, o pedido de que eu desse a devida atenção a esse delito, pois Campo Bom teve em tempos pretéritos elevado índice de roubo de veículo, sendo assim, montamos um planejamento para diminuir tal índices, foram mapeadas as localidades onde mais tinham ocorrências desse crime, assim como horários, entre outras tantas variáveis”
explicou Reimann
O impacto dessa redução se mostra ainda mais expressivo quando comparado com os anos anteriores, como apontou o comandante da BM. Em 2016 foram registrados 283 furtos de veículos em Campo Bom, já em 2017 foram 142 ocorrências deste tipo de crime.
“A partir do mapeamento da criminalidade foi realizado o gerenciamento do policiamento ostensivo com maior eficácia e produtividade, o que fez com que gerasse reduções no ano de 2017, 2018 e 2019. Dentro dessas variáveis foram elencados alguns itens de produtividade, principalmente as abordagens veiculares”.
De acordo com Reimann, a corporação somou 5.568 veículos fiscalizados e abordagens a pessoas, sendo 6.471 pessoas abordadas, além das barreiras em locais de entrada e saída de veículos no município.
Elevação no número de furtos de veículos
Na contramão dessa diminuição, a variação no número de furto de veículos no mesmo período registrou aumento de 25% – entre janeiro e dezembro de 2019, 96 motoristas tiveram seus carros, motos e caminhões roubados. Com uma característica geográfica que facilita esses crimes, devido às várias saídas para a ERS-239 e para os municípios vizinhos como Novo Hamburgo e Sapiranga, a Polícia Militar trava uma batalha diária para combater e reduzir o número de veículos roubados e furtados na cidade. “Em 2017 Campo Bom figurava entre os dez municípios com o maior número dessa ocorrência no Estado. Conseguimos diminuir esses índices com o trabalho ostensivo, mas há muito ainda que se fazer”, salientou o comandante da BM, que salientou ainda o número de veículos recuperados, foram 85 veículos dentro da área de atuação do 32º BPM.
Registro do delito é fundamental para a investigação
Para o Comandante do CRPO-VRS, tenente-coronel Carlos Daniel Schultz Coelho, a colaboração das vítimas, através do registro de ocorrência é fundamental para as solucionar e coibir outros delitos “O B.O é ainda mais importante, pois respalda as investigações sendo útil para que o órgão possa tomar as devidas providências em relação ao acontecimento”, afirma.
Diferente do que muitas pessoas imaginam, o registro não é um procedimento burocrático. Segundo o tenente-coronel, a demanda é que faz o procedimento ser um pouco mais demorado. “Não é algo burocrático, mas as pessoas têm que ter um pouco de paciência, pois todos os dias são registrados muitos B.O, mas todas as pessoas que procuram a delegacia têm o seu documento registrado”, garantiu.
Com as novas tecnologias hoje também é possível realizar o registro de algumas situações pela internet na delegacia virtual como os caso de: extravio ou perda de documentos; crimes do tipo, furto, roubo e contra mulher e acidente de trânsito sem vítima. “A autoridade policial tem que tomar conhecimento de que houve algum fato criminoso para que possamos orientar as nossas ações. E de qualquer maneira, se ocorreu um roubo, furto, estelionato, a polícia tem que estar ciente, e a ciência que se da à polícia judiciária é através do boletim de ocorrência”, concluiu Coelho.
