Segundo investigação, o hospital campo-bonense não teria irregularidades
O Ministério Público (MP) realizou, nesta quarta-feira, 26, uma operação para combater fraudes na venda de próteses ortopédicas a hospitais do Rio Grande do Sul.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Campo Bom e outros 10 municípios: Alegrete, Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Guaíba, Porto Alegre, Santa Maria, São Gabriel, São Jerônimo e Viamão.
Em uma caixa, havia um rolo de etiquetas de esterilização prontas, provavelmente falsas, misturadas ao material ortopédico, no caso, prótese de quadril, fornecido pelas distribuidoras investigadas ao hospital. A suspeita é de que outros produtos possam estar sendo reprocessados, apesar da indicação do fabricante de que a prática é proibida.
De acordo com o MPRS, as primeiras denúncias recebidas pelo órgão eram de que próteses vencidas eram usadas no Hospital da Santa Casa de Caridade de Alegrete. No início do ano, um produto implantável – prótese ortopédica de quadril –, além de já estar vencido, havia sido reprocessado. O produto é de uso único, e o seu reprocessamento é proibido.
A empresa recebeu, em outra oportunidade, um auto de infração e foi alvo de processo administrativo sanitário por estar processando produtos sem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ainda, segundo informações, nos últimos três anos, a empresa já teria sido denunciada por situações semelhantes.
A Operação Titanium investiga crimes contra as relações de consumo e contra a saúde pública a partir do reprocessamento de próteses ortopédicas, prática expressamente proibida pelo fabricante dos materiais.
Em nota, prefeitura informa que não foram identificadas irregularidades no Hospital Lauro Reus
“O Ministério Público do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira (26), fiscalização em treze hospitais gaúchos. A ação, no âmbito da Operação Titanium, tem o propósito de investigar um esquema de venda de próteses ortopédicas vencidas por parte de algumas empresas. O Hospital Lauro Reus participou da operação.
A Prefeitura de Campo Bom ofereceu todo o suporte necessário para que a busca fosse efetiva. A Polícia Civil, o MP e a Vigilância Sanitária do Estado contaram com a cooperação total da Vigilância Sanitária do Município e da atual gestora do hospital, a Associação Hospitalar Vila Nova, durante a ação. Nenhuma irregularidade foi encontrada.
A Prefeitura apoia a investigação e segue à disposição das autoridades policiais responsáveis pela operação.“