A Central A Gazeta de Eleições, com exclusividade, entrevistou essa baiana que abraçou Campo Bom e vem fazendo história na política local
Alguma surpresa na sua votação, haja vista que ela quase que dobrou em relação a sua primeira eleição?
Com toda certeza foi uma surpresa linda, pois nos últimos 4 anos sempre ouvi que o comum é a votação diminuir. Também ouvimos muito nos bairros que eu “já estava eleita”. Com isso pensei que muitas pessoas pudessem trocar seu voto para ajudar os outros candidatos, que tivemos muitos e ótimos nomes.
A sua votação evidencia que a causa animal ganha cada vez mais adeptos e simpatizantes,
e um dos motivos, certamente é a sua atuação frente esta causa. O que isto significa para você?
Tenho total ciência da força da causa animal, que eu já disse muitas vezes que é uma causa humana, que envolve saúde pública, que envolve a vida de seres sencientes. Mas acredito também, representar MULHERES jovens e mães, que com muita luta diária, administram seus lares e a educação de seus filhos. Relaciona também a mulher na política como uma forma diferente de organizar uma cidade, com olhares diferentes para a sociedade. Isso tudo significa trabalho orgânico e traz muita felicidade para mim e uma grande parcela de pessoas que querem ver mudança.
Quais seus planos políticos para o futuro? Pensa em disputar vaga na Assembleia Legislativa ou para a Câmara Federal dentro de 2 anos?
Confesso que ainda não pensei nos voos maiores, apesar de ser muito questionada sobre isso. Nós tivemos grandes avanços no nosso município com quatro anos de mandato, mas como sonho desde criança em ter minhas raízes em Campo Bom, eu sigo focando aqui nos próximos anos para entregar
mais um mandato de qualidade, contando sempre com a ajuda dos amantes da nossa causa.
Além das ações já existentes, outras novas iniciativas de proteção aos animais poderão ser apresentadas?
Nós iremos lutar muito pelo aumento de fiscalização e consciencialização da guarda responsável, reeducando cada vez
mais que a palavra “posse” ficou no passado, que a responsabilidade dos animais domiciliados é unicamente de cada um, mas que se as leis não forem respeitadas o poder público pode e deve intervir. Além disso precisamos dar mais atenção para os protetores individuais que diariamente se endividam cada vez mais, assumindo responsabilidades que também
são do município.
Sendo uma Baiana de nascimento, como se sente sendo abraçada por Campo Bom e ainda tão jovem ocupando um importante cargo político e com uma votação recorde?
Se Campo Bom tivesse um sobrenome, eu diria acolhedor. Desde criança, quando cheguei aqui, com sotaque totalmente diferente dos meus colegas, ainda na pré-escola, meus colegas me chamavam para perto, dividiam lanches comigo. Acho que isso fala muito de como os adultos dessa cidade projetam seus filhos, acolhedores. Acredito que com o nosso trabalho, venho retribuindo minimamente para a cidade de forma amorosa, uma busca por diferença na vida de pessoas que amam os animais.