As medidas de segurança ainda são necessárias mesmo após a vacinação.
Até o momento, as vacinas produzidas e que já estão sendo utilizadas contra o vírus da Covid-19, foram eficazes em diminuir a proporção de casos sintomáticos da doença em até 95%. Um dos principais objetivos das vacinas é prevenir os casos mais severos da doença, reduzindo as internações hospitalares, necessidade de oxigenioterapia, admissões em unidades de terapia intensiva, sequelas da doença e óbitos causados nos pacientes mais vulneráveis.
Ainda assim, há uma possibilidade de a pessoa se infectar. Os testes das vacinas focam na capacidade de evitar que as pessoas adoeçam com a Covid-19. Até o momento, a capacidade de impedir a infecção não está sendo avaliada pela maioria dos testes clínicos, pois necessita de mais tempo de estudos. Portanto, ainda não se sabe se uma pessoa vacinada que seja infectada pode transmitir o Sars-CoV-2 de forma assintomática.
Todos, mesmo que já vacinados, ainda terão de continuar a usar máscara, álcool gel, seguir os protocolos de segurança e fazer distanciamento social, até ocorrer uma redução drástica dos casos do novo coronavírus. Isso se torna inevitavelmente necessário porque, em um primeiro momento, apenas parte da população será vacinada. Todas as barreiras sanitárias seguem sendo importantes, porque a vacina não impede a circulação do Sars-CoV-2, já que, mesmo protegida dos sintomas, uma pessoa imunizada ainda pode transmitir o vírus.
No geral, o mecanismo de funcionamento de uma vacina é simples: ela introduz no corpo uma partícula — antígeno — que produz uma resposta imunológica no corpo, que faz com que ele esteja preparado para enfrentar um tentativa de contaminação caso entre em contato com o vírus no futuro. O antígeno, que geralmente é uma célula morta do próprio vírus, provoca uma resposta imunológica: ele faz com que o corpo seja capaz de reconhecer e produzir anticorpos para combater o intruso. Assim, da próxima vez que o corpo entrar em contato com o vírus, ele já terá memória e conseguirá perceber e reagir de forma rápida e eficiente, impedindo que o vírus contamine o corpo.
Durante o ato simbólico de vacinação em Campo Bom, que ocorreu no dia 19 deste mês, ambos, prefeito, Luciano Orsi, e secretário da Saúde, João Paulo Berkembrock, ressaltaram a importância de manter as medidas de segurança recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Precisamos sim, continuar nos cuidando. Com o distanciamento, usando máscara e higienização, mas agora nós temos uma grande arma em nossas mãos, que é a nossa vacina”, ressaltou Luciano Orsi, em seu discurso durante a cerimônia.