Profissional da saúde também explica onde ir em cada caso
Muitas pessoas precisam de atendimento médico na atualidade, mas não sabem bem onde buscar a assistência ou qual o tempo de espera médio para cada situação. Para elucidar essa questão, o coordenador de enfermagem da emergência do Hospital Lauro Reus, Luan Lopes, que tem como gerente assistencial, Marri Hilbert, fala sobre o tema.
Luan revela o número crescente de atendimentos por dia. Na emergência do Hospital Lauro Reus, a média de atendimentos em fevereiro foi de 70 pacientes ao dia e em maio, foram 108. Já no Pronto Atendimento, a média em fevereiro foi de 112 pacientes por dia e em maio foram 180 atendimentos. Assim, os aumentos percentuais foram de cerca de 55% no Hospital Lauro Reus e de aproximadamente 61% no Pronto Atendimento.
Quando não ir ao PA e Hospital
Luan explica que o Pronto Atendimento Municipal e Emergência do Hospital Lauro Reus, não devem ser procurados para renovação de receitas, troca de pedidos de exames, realização de check-up, trocas de sondas e consultas eletivas.
“Consultas eletivas são aquelas que podem esperar pelo médico da Unidade Básica de Saúde (UBS), que não representa risco para a saúde. Como casos de pacientes crônicos como diabéticos e hipertensos, que vêm à emergência ou ao PA para ajuste de medicações e mostrar exames”.
Classificação de risco
O coordenador de enfermagem elucida que o paciente ao chegar no Hospital, realizará a ficha de atendimento ambulatorial, após passará para o acolhimento onde o enfermeiro classifica o risco conforme a patologia e sinais vitais do momento.
“A classificação de risco é preconizada pela OMS, sendo um regramento mundial, essa modalidade também é seguida pelo Hospital Lauro Reus e Pronto Atendimento Municipal, tendo como objetivo um atendimento qualificado, organizado e humanizado, sendo as prioridades definidas segundo o grau de prioridade. Na nossa gestão não tem histórico que tenha ultrapassado o tempo máximo preconizado pela classificação. Mas se porventura isso ocorrer, comunicamos aos pacientes e familiares que estamos atendendo casos graves que chegaram no período”, disse ele.
As cores e o tempo de espera
- Vermelha, onde o paciente é conduzido para sala vermelha com atendimento médico imediato.
- Amarela, significa gravidade moderada, sem risco imediato e determina uma espera de até 1 hora.
- Verde, significa que é pouco urgente, atendimento preferencial na Estratégia de Saúde da Família e Pronto Atendimento Municipal, tempo de espera de até 2 horas.
- Azul, para casos não urgentes com orientação de atendimento na Estratégia de Saúde da Família de abrangência, espera de até 4 horas.
Protocolo de Manchester
O Protocolo de Manchester é uma ferramenta para uma triagem eficiente dos pacientes. Desenvolvido na cidade de Manchester, Reino Unido, no final da década de 1990, esse protocolo padronizado tem sido adotado em hospitais de todo o mundo, comprovando sua eficácia no gerenciamento de fluxo de pacientes e na priorização dos casos mais urgentes.
O Protocolo baseia-se em uma escala de cores, atribuídas conforme a gravidade dos sintomas apresentados, permitindo que os profissionais de saúde identifiquem prontamente os pacientes que necessitam de atendimento imediato, minimizando a espera e garantindo uma abordagem baseada em evidências.
Ao atribuir cores às queixas e sintomas apresentados pelos pacientes, os profissionais de saúde podem priorizar o atendimento com base na gravidade da condição. Dessa forma, o Protocolo de Manchester tornou-se uma referência internacional em triagem de emergência.