Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul deram início à greve nas escolas estaduais na segunda-feira,18. A mobilização dos educadores, por tempo indeterminado, é liderada pelo Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS) e foi confirmada na quinta-feira, 14, em resposta às reformas propostas pelo governador Eduardo Leite no serviço público, com projeção de economia de R$ 25 bilhões em 10 anos.
Os professores serão os mais atingidos: além de mudanças no plano de carreira específico da classe, eles serão impactados por modificações válidas para todo o funcionalismo, como o fim dos adicionais por tempo de serviço e o corte da incorporação de gratificações na aposentadoria.
Em Campo Bom a primeira semana da greve do magistério teve a paralisação parcial nas instituições. As escolas estaduais João Blos e 31 de Janeiro estão funcionando parcialmente, com algumas turmas com aulas normais. Na Fernando Ferrari, no entanto, 85% dos profissionais estão parados. Já as escolas Ildefonso Pinto e La Salle tem aulas normais. “Nossa manifestação é por conta de nós encaminharmos para 50 meses de salários atrasados e/ou parcelados, reajuste 0,00 desde 2014, e, por último, o pacote fiscal do governo Leite que altera profundamente nosso plano de carreira, nos tirando os incentivos de permanência no magistério, por exemplo”, pontuou Liandro Camargo, vice-diretor da Escola Estadual de Ensino Médio Fernando Ferrari.
Votação na Assembleia
As propostas do governo Leite devem ser votadas na Assembleia Legislativa a partir de meados de dezembro, incluindo sessões extraordinárias no Natal, quando a pressão das categorias sobre os deputados estaduais tende a ser menor.