2.000! Este é o número de vezes em que A Gazeta entrou na casa dos leitores para contar histórias. A marca foi alcançada na sexta-feira, dia 26 de junho. Desde o dia 20 de agosto de 1986, quando o jornal publicou sua edição de número 1, buscou a oportunidade de transformar a vida dos leitores depois de terem suas histórias contadas pelo jornal.
Há mais de três décadas, o AG tem levado a “realidade dos fatos” para os leitores de Campo Bom. De 1986 para cá, a cidade cresceu e continua crescendo com o trabalho e esforço dos seus habitantes e, na maior parte do tempo, o AG sempre esteve presente, contribuindo para esse crescimento.
Muito mais do que informar, o A Gazeta tem também um compromisso em ser um membro ativo da comunidade. Mais do que nunca, o AG segue incansável na sua missão de informar e conectar a comunidade com os fatos que têm impacto na vida das pessoas: fatos que, aliás, podem mudar para sempre suas histórias.
O envolvimento do jornal com Campo Bom sempre foi além do ato de informar, atuando também como um membro da comunidade.
Nesse sentido, o AG sempre deu espaço em suas páginas para contar a história daqueles que, por acasos da vida, enfrentam momentos de dificuldade, mas sem perder as esperanças. “Somos um veículo de comunicação que tem em sua essência um forte vínculo comunitário. Temos plena consciência de que a dimensão de nossa audiência, aliada ao nosso senso de solidariedade e cooperação, pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas”, garante o diretor e fundador do Jornal A Gazeta, Mauri Spengler.
Nesta edição comemorativa reunimos histórias que o AG contou e narrou em todas as suas alegrias ou dificuldades ao longo destas 2 mil edições. Histórias que você leitor ajudou a transformar em notícia.
Agradecemos e renovamos a parceria até aqui.
Boa leitura!
EDITORIAL | Duas mil vezes
Desde o momento em que decidimos produzir esta edição especial de número 2.000, coube a mim, Mauri, aliás, como sempre, a difícil, mas prazerosa tarefa de escrever neste espaço, e, sei, nem poderia ser diferente, muito embora tenha que reconhecer sem qualquer dificuldade, a significativa e marcante atuação de todos que passaram pelo Jornal A Gazeta nestes quase 34 anos. E isto vale para todos, indistintamente.
São muitas as histórias e as lembranças desde aquela primeira edição que circulou em 20 de agosto de 1986, quando a Raquel Guimarães, o Fernando Santos, o Urquiza Santos e eu decidimos, “adoidadamente” (e com uma pequena dose de irresponsabilidade), deixarmos os nossos empregos para abrirmos um jornal, na ainda jovem cidade de Campo Bom, à época com apenas 27 anos.
Vencidas todas as etapas burocráticas passamos a realização do sonho que vínhamos acalentando, já há algum tempo. A circulação da primeira edição. Como fazer isto se ninguém tinha dinheiro? Como alugar uma sala? Como comprar os móveis? Como pagar a primeira edição? Como pedir crédito na gráfica? Eram muitas perguntas, que ficavam, todas sem respostas. Fiquei responsável pela pior parte, a de conseguir assinantes, para um jornal que ainda não existia e depois buscar os anunciantes, que fossem suficientes para suprir as dívidas que ainda não tínhamos, mas estávamos prestes a contraí-las. Ao oferecer uma assinatura anual de um jornal que ainda não existia, uma das tantas perguntas que eu não soube responder, foi: “mas tu garantes que vai durar um ano este jornal? Respondi que não, que eu não sabia e não poderia garantir se duraria tanto tempo. Uma outra pergunta, que de certa forma me indignou e me incomodou foi: “mas porque abrir mais um jornal se já temos um?” Foram muitas histórias, pois cada uma destas edições tem a sua história, e posso lhes garantir que fiz parte de todas elas, uma após a outra, até chegar aqui.
Nestas mais de 30 mil páginas escritas aqui, estão histórias de novas vidas, de mortes, de inicio e de fim, de tristezas e de alegrias, de vitórias e de derrotas, de erros e de acertos, mas todas elas, indistintamente comprometidas e envolvidas com a cidade de Campo Bom, propósito este, tal qual um juramento, definido e registrado em editorial publicado em nossa primeira edição.
As respostas que me foram feitas lá em 1986, de quanto tempo duraria o jornal e o porquê de mais um jornal na cidade foram respondidas com o passar de cada uma destas 2.000 edições. Mas é preciso que se diga que foi e continua sendo a custo de muito sacrifício, que é, e continua sendo uma entrega total, geral e irrestrita a ponto de abrir mão de muitos prazeres da vida, tal qual um sacerdócio e, se não for assim, nem pensem em fazer jornal. Foram, até aqui, duas mil escolhas e por isto 2.000 edições que, honrosamente, vos entrego como uma grande homenagem a todos os nossos assinantes e anunciantes, verdadeiros sustentáculos de nossa existência e de nossa história. A todos vocês dedicamos esta edição especial com 2.000 aplausos e com 2.000 vezes MUITO obrigado!
Edição: 01 | 20 de agosto 1986
Em 20 de agosto de 1986 nascia o A Gazeta de Campo Bom, “Queremos ser um jornal imparcial, com uma linha totalmente comunitária, com a participação dos campo-bonenses, comprometidos com o relato dos acontecimentos assim como eles são. Falíveis é certo que somos; porem repreensíveis e corrigíveis. Registraremos as críticas, mas estaremos abertos a elas” (como anunciava o seu primeiro editorial) e com uma firme vontade de independência e defesa da liberdade. O jornal que nasceu do anseio de levar aos campo-bonenses notícias de Campo Bom foi para as bancas com 16 páginas, sob a coordenação de seus quatro fundadores (Raquel Guimarão, Fernando Santos, Urquiza Santos e Mauri Spengler). Em sua estreia, o AG estampou uma foto preto-e-branca e sem foco de estudantes e professores na sessão da Câmara de Vereadores reivindicando a intervenção dos parlamentares junto ao Governo do Estado: “Estudantes do 31 de Janeiro ameaçam paralisar se não ganharem professores”. Evidenciando a defasagem de docentes na instituição, que naquele ano comprometia a conclusão do ano letivo dos cursos noturnos de Administração de Empresas e Contabilidade.
Umas das manchetes principais da edição número um trazia um dos maiores orgulhos dos campo-bonenses: o Clube 15 de Novembro. Criado por operários da empresa Vetter & Irmão, no ano de 1911, no então conhecido Bairro Morro das Pulgas, hoje chamado de Bairro Rio Branco. Em 86 a esquipe disputava o Campeonato Estadual de Amadores e naquele final de semana havia perdido por 2×1 para o São José de Novo Hamburgo.
Edição: 79 | 03 de março de 1988
Notícia em diversas edições ao longo de mais de três décadas de história do AG, o 15 de Novembro foi capa em 3 de março de 1988 com a manchete “15 de Novembro é Campeão Sul Brasileiro de Amadores”, na primeira edição da competição. O título veio após o empate em 2×2 com gols do zagueiro Trott e de Kasper aos 37 minutos do segundo tempo contra o Capão Razo, em Curitiba no Paraná. O time foi recebido com festa e carreata em Campo Bom, que parou para receber a equipe campeã.
O tradicionalismo, símbolo da cultura campo-bonense foi notícia na mesma edição com a divulgação do 10º Rodeio Crioulo de Campo Bom. Coordenado pelo CTG Campo Verde com apoio da Administração municipal, o evento precursor do Rodeio Nacional de Campo Bom reuniu milhares de pessoas em três dias com programação de atividades artísticas e provas campeiras.
Edição: 303 | 03 de julho de 1992
“Perdemos Dr. Lauro Reus”, em letras garrafais foi a chamada de capa da edição de 3 de julho de 1992. A matéria abordava a grande repercussão em toda a região da morte repentina aos 75 anos do médico que dedicou mais de cinco décadas de sua vida a cuidar da saúde dos campo-bonenses. Fundador do Hospital Beneficente de Campo Bom, que mais tarde passou a se chamar Hospital Dr. Lauro Reus em sua homenagem, faleceu durante uma viagem à Edmont, no Canadá para visitar a filha. Muito conhecido e respeitado no Vale do Sinos, Dr. Lauro foi homenageado também na Câmara de Vereadores e no Clube 15 de novembro.
Na mesma edição, o “1º Fórum A Gazeta” foi destaque. O debate inédito entre os três pré-candidatos à Prefeitura de Campo Bom aconteceria no Auditório do Colégio Santa Terezinha, mediado pelo médico e colunista do AG, Francisco Dias Lopes. Deoclécio Schuetz (PMDB), Jairo Lopes (PDT, PDS, PFL e PTB) e Paulo Azevedo que concorria pelo PT, PSB e PPS, responderam perguntas elaboradas pela comissão organizadora do Fórum, com base em consultas feitas a entidades representativas da comunidade. Os candidatos também questionaram seus concorrentes sobre saúde, educação, saneamento básico e segurança.
Edição: 504 | 20 de setembro de 1994
Em 1994, imbuída do espírito pioneiro, a Gazeta lançou a primeira edição colorida do jornal. Nessa época, houve o desaparecimento gradual das máquinas de escrever na redação. O resultado foi um jornal mais elaborado gráfica e visualmente. Na capa da edição histórica “Schuetz licenciado por motivo de saúde”, o prefeito em exercício havia pedido afastamento das funções no Executivo por tempo indeterminado. O vice, Jair Reinheimer assumiu o cargo interinamente. A reação espetacular em campo que levou o 15 de Novembro da lanterna para a terceira colocação da Segundona Gaúcha era uma das manchetes, assim como abertura da 10º Olimpiada Estudantil, que ocorreu no Ginásio Municipal Karl Heinz Kopittke.
Edição: 1.272 | 09 de junho de 2006
A história da Festa Nacional do Sapato remonta o ano de 2006, quando ocorreu sua primeira edição. O que era apenas um projeto em 2002 ganhava forma e representatividade. O desenvolvimento de Campo Bom em torno da indústria do calçado foi o que impulsionou a realização do evento idealizada pela Fundação Cultural, que celebra o caráter festivo dessa cultura tão importante para toda a região. Na edição de 9 de junho daquele ano um caderno especial foi encartado trazendo a cobertura completa de um dos maiores eventos do município que esperava receber em sua primeira edição 50 mil pessoas. “Já somos conhecidos pelas altas temperaturas e pelo futebol do 15 de Novembro, agora queremos ser conhecidos pelo sapato. Afinal foi aqui que nasceu a exportação do sapato brasileiro”, relatou em entrevista ao AG, Olegário Trott, integrante do Conselho Gestor da Festa do Sapato. Paula da Silva, foi escolhida Musa do Sapato 2006. Selecionada por meio de uma entrevista, a estudante de Administração se destacou pela simpatia e por conhecer o produto e a história da estrela da festa: o sapato.
Edição: 1.376 | 06 de junho de 2008
“Campo Bom inaugura neste sábado um Complexo Cultural de primeiro mundo”, foi a capa da edição de 6 de junho de 2008. O investimento de R$ 25 milhões na construção do Complexo Cultural do CEI representava a maior obra de engenharia erguida com recursos próprios em municípios no Rio Grande do Sul. O espaço pensado para aproximar os campo-bonenses da cultura, lazer e esporte, possui uma área de 50 mil metros quadrados, com uma arquitetura moderna, com teatro, cinema, biblioteca e espaço para exposições, além de anfiteatro externo, construído sobre o auditório, com espaço para 1,2 mil pessoas sentadas. Na mesma edição o fim do déficit no atendimento da Educação Infantil era comemorado. Com o investimento de R$ 800 mil, o município havia zerado a fila de espera para vagas de crianças de 0 à 5 anos. A marca foi alcançada através da abertura de 700 vagas nas 20 EMEIs municipais que passaram por obras de ampliação, além da construção de uma nova escola de educação infantil no Loteamento Morado do Sol.
Edição: 1.464 | 05 de fevereiro de 2010
Considerada umas das cidades mais quentes do Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Campo Bom fez jus ao nome nas primeiras semanas de 2010. No dia 5 de fevereiro a chamada de capa foi “Temperatura ultrapassa os 40°C em Campo Bom”. Como previsto pelos meteorologistas, o calor voltou a bater recorde no município neste ano. A temperatura superou os 40,1°C, na tarde segunda-feira, 1º de fevereiro, com sensação térmica de 44°C. Temperatura que nunca havia sido registrada em fevereiro desde que iniciou as operações na Estação Climatológica de Campo Bom em setembro de 1984. “Superou fevereiro de 2003, quando registramos 39,6°C”, disse em entrevista ao AG, o coordenador da Estação, Nilson Wolff, que frisou ainda que falta de chuva e ventos escassos são os principais fatores para a alta temperatura.
Na mesma edição, o Programa W – Wireless – uma rede sem fio que promovia acesso à internet sem fio aos 60 mil habitantes em toda a área do município- era referência para outras cidades do estado. Representantes de Bagé, Farroupilha, Gravataí e Mariano Moro vieram conhecer de perto o projeto pioneiro que recebeu investimento de R$ 1,05 milhão e envolveu a compra de antenas, torres, rádios e servidores que envolvia 14 torres de distribuição ligados a um anel de fibras ópticas da prefeitura.
Edição: 1.769 | 04 de dezembro 2015
Com a manchete “Um novo hospital”, a edição de 4 de dezembro antecipava a inauguração que ocorreria no domingo, dia 6, da reforma do Hospital Dr. Lauro Reus. Em um encarte especial a equipe de jornalistas do AG detalhou o investimento de sete milhões de reais, em recursos próprios do Município, na obra de ampliação e de construção de UTI na casa de saúde. Único hospital público de Campo Bom, o Lauro Reus estava em obras desde junho de 2013 e passava dos 68 para 100 leitos. Já a Unidade de Terapia Intensiva, a primeira da cidade, com 425 metros quadrados de área e dez leitos, estava sendo equipada com materiais de ponta além de camas elétricas e respiradores automatizados, entre outros diferenciais. Após a inauguração os leitos de internação foram disponibilizados para serem utilizados pela comunidade. Já a UTI foi entregue à central de regulação do Estado que administra a utilização de seus leitos após a contratualização. Apesar da entrega em 2015, a liberação da Unidade de Terapia Intensiva para a utilização do local, pelo Ministério da Saúde ocorreu apenas em 15 de dezembro de 2016, cerca de um ano após a conclusão da obra.