Incidente ocorreu na última sexta-feira, e menino seguirá internado por mais 30 dias.
O final da tarde de sexta-feira, dia 1º, poderia ter tido um desfecho ainda pior, se não fosse a coragem de João Batista dos Santos, que se jogou no chão para que o fogo não atingisse totalmente seu neto de apenas três anos, após a explosão de um transformador, na rua Beno Hoffmeister, no bairro 25 de Julho em Campo Bom.
Conforme Batista, por volta das 18h, quando estava retornando do mercado com o neto, o incidente aconteceu. “Foi algo de segundos, agi por instinto para proteger ele e sai correndo e percebi que ele já estava muito ferido, sai correndo e fomos para o hospital. Na hora eu não senti que estava queimado, só senti uma ardência e um calor na pele. Mas ele ficou muito machucado, porque estávamos passando ali normalmente e sem esperar, o fogo nos atingiu. Esse problema é recorrente, eles já tinham vindo arrumar, e pra mim foi negligência, porque não é a primeira vez que faltou luz e esse transformador apresentou problemas”, explica. Batista afirma que o neto de 3 anos está muito assustado com o ocorrido, mas que não corre mais risco de morte. “Ele está piscologicamente muito abalado, além dos graves ferimentos. O meu netinho vai ter que fazer raspagem e incherto, vai ficar uns 30 dias ou mais no hospital”. afirma.
O avô ressalta o atendimento prestado pelo hospital Lauro Reus, antes de seu neto ser transferido para Porto Alegre.
Segundo relatos de vizinhos, esse problema com o transformador é recorrente e já tinha sido informado dos riscos para a empresa RGE. “Foi uma cena horrível, um barrulhão que jamais tinhamos presenciado. Era final da tarde, subiu uma labareda de fogo, uma bola de aproximadamente 15 metros. E em meio a fumaça vimos um senhor correndo, mas não identificamos que era o vizinho. Desde o dia 25 de outubro, estamos em contato com a RGE, porque ficamos sem luz e neste dia eles vieram para levantar os cabos e o transformador explodiu e caiu todo óleo. Eles trocaram, mas na última sexta-feira, que aconteceu o fato, nós ficamos sem luz novamente, e ele explodiu. Mas ficou em torno de três horas pegando fogo sem niguém apagar. Só às 21h conseguiram conter o fogo”, relata a moradora e empresária Noélia Adam.
O jornal da A Gazeta, entrou em contato com a assessoria de imprensa da RGE para um posicionamento sobre o caso. Até o fechamento da edição a empresa não se manifestou.