Projeto Histórias Encenadas aproxima estudantes do teatro e une famílias durante a pandemia do coronavírus
A cultura é palco da criatividade e incentiva a imaginação de alunos como o Alysson Ricardo Pinto Pereira, 6 anos, estudante do pré 2 da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Chapeuzinho Vermelho. Para ele, o projeto Histórias Encenadas, desenvolvido pela Prefeitura de Campo Bom em parceria com o Teatro Luz & Cena, é um meio de fazer com que, mesmo com a pandemia do coronavírus, tenha acesso ao teatro e aos personagens que tanto gostava de encenar para os colegas de escola. Sua mãe, Carla Pereira, conta que o filho já se fantasiou de diversos personagens, como o Capitão América, os palhaços Patati e Patatá, além do Saci e do Visconde de Sabugosa do Sítio do Pica Pau Amarelo, sua história favorita. Ela acredita que o método de disponibilizar as aulas juntamente com histórias infantis faz com que a paixão que o filho sente pela arte não seja esquecida durante esse período de distanciamento social. “Essas atividades que envolvem teatro são muito interessantes porque ensinam novas coisas, como se comunicar melhor, ter mais autonomia para que a criança perceba que não tem necessidade de ficar perto dos pais quando está com os amiguinhos. Aprender a ter essa convivência com outras crianças é essencial para a educação deles”, relata.
Assim como para o estudante e sua família, a necessidade de fazer com que a cultura esteja dentro de casa foi essencial para que a Administração Municipal desse continuidade à parceria com o Teatro Luz & Cena. A companhia, que já realizou diversas apresentações para os estudantes, produziu 16 histórias em formato de vídeo para alunos da educação infantil ao 5º ano da rede municipal. Foram produzidos vídeos de diversas obras, como O Negrinho do Pastoreio, O Casamento da Dona Baratinha, A Menina da Biblioteca, Lá Na Casa da Vizinha, A Formiguinha e A Ilha dos Sentimentos, entre outros. Foram escolhidas histórias que abordassem temáticas como alimentação saudável, sentimentos, valores e educação ambiental. Com as determinações de distanciamento social, a secretária de Educação e Cultura, Simone Schneider, explica que o objetivo é trabalhar a literatura não só com os alunos, mas com as famílias também. “A literatura faz parte da construção, do desenvolvimento de toda a linguagem, da questão da imaginação, da criatividade, da fantasia e do lúdico, sendo ela um dos objetivos da prática pedagógica como um todo dentro da escola. Anteriormente, nós tínhamos a hora do conto na Biblioteca Pública Municipal e agora nós invertemos, levamos esse momento para dentro das casas, para que pudéssemos trabalhar a família junto com essa criança, assistindo a uma história ou a uma contação, participando desse momento de imaginação com o seu filho. Todo o trabalho realizado com a literatura, que é muito importante para nós”, expressa.
Solange de Bairros Moreira, que reside no bairro Morada do Sol é mãe do Gamaliel, de 12 anos, estudante da EMEF Morada do Sol, e do Cadmiel, de 4, aluno da EMEI Claudy Shaefer. Ela conta que seus filhos adoram brincar e fazer shows com fantoches e que é muito bom ver como a criatividade deles flui durante a brincadeira. “O teatro é importante, pois ajuda a desenvolver o autoconhecimento, a criatividade e a comunicação. Meus filhos, por exemplo, adoram fazer show com os fantoches em casa e é muito legal presenciar como eles trabalham esse lado criativo”, diz.
O brilho do teatro aliado aos estudos
Todas as histórias são acompanhadas de atividades pedagógicas para que a família possa explorar a história encenada de forma lúdica. O material está sendo disponibilizado aos alunos por meio de seus professores, que podem selecionar e incluir uma história infantil no planejamento escolar.
