José Edimar de Souza, professor há 25 anos celebra a importância do dia do historiador
O Dia Nacional do Historiador, celebrado no dia 19 de agosto, é uma data de grande relevância para a valorização da história e daqueles que dedicam suas vidas ao tema e ao ensino do passado. Para discutir a importância dessa data, conversamos com o professor e historiador campo-bonense, José Edimar de Souza, professor há 25 anos, com diversas pesquisas e livros publicados.
Para Souza, uma das grandes contribuições do historiador, se refere ao processo formativo das pessoas, para que elas, se constituam como sujeito, e tenham uma identidade. “Falar sobre o dia do historiador é ressaltar o destaque que a história representa para uma comunidade. As pessoas que negligenciam a sua história, e que não valorizam seus bens patrimoniais, e não reconhecem a pujança da sua comunidade, ela negligencia também a sua própria narrativa”.
Souza, que integra o conselho municipal de cultura, pela setorial de Patrimônio e participa de diversos grupos sociais, afirma a contribuição do seu envolvimento local com a comunidade, para o desenvolvimento do seu trabalho. “Eu muito jovem tive envolvimento com a poesia, e o Jornal A Gazeta, contribuiu na minha formação e na de outras pessoas da comunidade, e desde então mandava os textos, e o senhor Mauri publicava no jornal. Isso é muito importante, esse engajamento cultural. E meu vínculo com a história, e com a cidade, vem desse envolvimento com as coisas locais”, afirma.
Além disso, Souza reforça a importância dessa data e que a história nos alerta a reflexões que devemos fazer. “Quando se fala do ofício do historiador, nós carregamos a herança de um abolicionista. Joaquim Nabuco, recebe essa homenagem, no dia 19 de agosto, por ter sido, um dos grandes historiadores do nosso país”.
Souza afirma também que o papel do historiador é retratar os fatos de modo correto. “Quando se fala no papel do históriador é muito isso, é contribuir também, para que as distorções históricas possam ser corrigidas. É contar as narrativas históricas, mas sobretudo, não se descuidar destas devidas recolocações. Nós temos uma população diversificada, e nós temos que colocar a história de forma correta. Seja das populações étnico raciais, do indígena, na nossa história, de forma coerente”, afirma Souza.
Além disso, Souza destaca que as tecnologias permitem ter acesso a várias informações, mas nada subtitui o historiador, na pesquisa e validação dos dados. “Hoje nós temos acesso a várias plataformas artificiais que nos faciltam, mas elas não têm algo que é próprio do historiador, que é a feitura da história, que exige uma reflexão mais humanizada e reflexiva dos fatos”, conclui.