Conheça a história de duas irmãs guerreiras que enfrentaram o câncer de mama.
Receber o diagnóstico de câncer de mama não é fácil. Ninguém está preparado para encarar uma situação como essa, e a história de Mari Lúcia Klug, não foi diferente. A notícia veio em abril de 2018, momento de estabilidade na vida da professora, que havia trocado de emprego um mês antes do diagnostico, após receber proposta para ser coordenadora pedagógica de uma instituição particular campo-bonense. Após notar um nódulo no seio direito durante o banho e procurar um mastologista, veio a notícia avassaladora: câncer de mama. A doença, claro, trouxe medo, insegurança, mas trouxe também força, fé, vontade de vencer, muita compaixão e vontade de fazer a diferença. “Tive um baque, foi uma coisa horrível. Estava no meu melhor momento, novo emprego, iniciando meu mestrado. Só pensava que não podia morrer porque tinha meus filhos. Pirei mesmo. As pessoas tinham pena de mim. Mas eu decidi que ia viver, que iria lutar”, relembra Mari, hoje com 36 anos.
Diagnosticada com o câncer de mama triplo x negativo, subtipo de câncer que representa cerca de 15% a 20% de todos os casos de câncer de mama no mundo e se destaca por afetar, geralmente, mulheres jovens e ser agressivo, a professora iniciou o tratamento que terá três estágios: quimioterapia , cirurgia para retirada da mama e por último, as radioterapias. “Ainda tenho um longo percurso pela frente, não escolhi ter essa doença, mais posso escolher como vou passar por ela”, afirma Mari.
Entre cinco irmãs, três casos de câncer de mama
Terceira entre cinco filhas, Mari além de seguir a carreira das duas irmãs mais velhas, infelizmente recebeu o mesmo diagnóstico. Zeloir Terezinha Klug, é professora do ensino fundamental em Novo Hamburgo e há dez anos foi diagnosticada com câncer de mama. Passou por todo o tratamento e seguiu como um dos pilares nos momentos mais difíceis que a família natural de Camaquã passou. “Somos cinco irmãs mulheres. Das cinco, três tiveram câncer de mama, acredita? Por isso é tão importante em uma família as outras ficarem alertas. Naquela época, só íamos ao ginecologista para a parte ginecológica, mal se tocava na mama”, explica Zeloir, que completa, “quando fui diagnosticada, infelizmente os tratamentos não eram tão modernos. Eram muito invasivos, com diversos efeitos colaterais. E até descobrirem o que seria ideal para mim foram feitos muitos testes, o que no fim ajudou minhas irmãs, pois tivemos o mesmo tipo de câncer e o que foi testado no meu tratamento depois foram utilizados nelas”, recorda Zeloir, hoje com 44 anos, curada do câncer de mama.
A união fez a força
Ter com quem contar em todos os momentos da vida é essencial, mas em casos como o das irmãs Klug o apoio familiar faz toda a diferença. Elas contam como foi importante ter a família por perto. “Graças a Deus fui muito privilegiada, foi criada uma rede de apoio – família, amigos, vizinhos- que sempre foram muito presentes durante todo o processo, desde quando recebi o diagnóstico, me acompanharam em todas as fases”, revela Mari.