A final do XXII Bivaque da Poesia Gaúcha ocorre nesta terça-feira (16), no Parque do Trabalhador, integrando a programação da Semana Farroupilha. As declamações iniciam as 19h, com entrada gratuita.
Leia, abaixo, as poesias que serão declamadas, em ordem, por categoria.
Categoria Piazito – 3º ao 6º ano
1.SOU FELIZ AQUI
Autoras: FLÁVIA FRANÇA, KÉSIA KUNCNER DA SILVA E MARIA LUÍZA BARBOSA
Profº orientador: DEBORA NOEMI ROSA SILVA DOS SANTOS – EMEF Octacílio E. Fauth
Declamadora: FLÁVIA FRANÇA
“Sou gaudério de alma serena
Lá no Largo minha alma é plena
Com um mate amargo na mão
Sinto orgulho de minha cultura e educação.
Nos pastos verdejantes que o imigrante pintou
Campo Bom é o chão que Deus abençoou
Os tropeiros deixaram sua marca e história
Os imigrantes alemães são parte viva na memória.
Na praça eu vivo a tradição
Danço, brinco e alegro o coração
Sou feliz aqui, onde o céu é sem fim
Onde o vento conta histórias para mim.
Patrão do céu,
Obrigado por esse rincão
Terra de um povo contente
Que guardo no meu coração.”
2.BANDEIRA GAÚCHA
Autora: ANDRESSA KATIELY WEBER
Profº orientador: PATRÍCIA FAGUNDES – EMEF Borges de Medeiros
Declamadora: A AUTORA
“Rio Grande com muito orgulho
Sou tua representante
Não esqueço só um instante
Tudo que devo a este chão.
Aqui, no meu coração
Brilhas mais que um diamante,
Meu coração de criança
Te ama como um gigante.
Aqui neste altar pampeano
Aprendi esta oração
Pedindo para o meu rincão
Paz, amor, fraternidade.
Ao patrão lá no infinito
Que sempre reine a bondade
Que no meu pago
Brilhe sempre a liberdade!
Ao nascer trouxe comigo
Amor pelo meu pago
As tradições da querência
Amo com eloquência.
Rio grande do mate amargo
Onde mora o minuano
Que vem me fazer afago”
3.COISAS DO SUL
Autores: HEITOR FELBER STEFFEN E BERNARDO RODRIGUES BANDEIRA
Profº orientador: DEISE DE MELLOS SOARES – EMEF Borges de Medeiros
Declamador: O AUTOR
“As principais coisas que daqui gosto
Eu vou te contar.
São as lendas no folclore,
Que já são tradição.
O Negrinho do Pastoreio,
História de um menino levado,
Que no fundo só precisava ser amado.
Mas tem também a lenda do João – de – Barro
Símbolo de cidade, ele é construtor
Ah, esse bichinho, trabalha tão direitinho!
Gosto de Porto Alegre, nossa capital.
Lugar legal para passear.
Nos domingos com a família,
Ir a POA turistar.
Tenho orgulho de Campo Bom,
Primeira cidade que calçados exportou.
Hoje o Largo, traz nos tijolos da torre,
Lembranças da primeira fábrica que aqui chegou.
Não posso me esquecer,
Do churrasco, das danças e do chimarrão
Tudo tão perfeito… isso é tradição.
E aqui que vivo,
Onde gosto de morar.
A beleza dessa cidade,
Só quem aqui vive, consegue explicar.”
4.TRADIÇÕES GAÚCHAS
Autor: HUMBERTO HAUBERT ASQUIDAMINI
Profº orientador: ADRIANA HILARIO DA SILVA DIAS LENTZ – EMEF D. Pedro II
Declamadora: KATHERINE WOMMER CAMARGO
“Acaba agosto e vem setembro,
Mês da Semana Farroupilha,
Uma data muito aguardada:
Ser gaúcho é uma alegria!
De bombacha, camisa e chapéu,
O gaúcho gosta de dançar.
Sua prenda, de vestido,
E, pelos CTGs, bailam sem parar.
Gaúcho bebe chimarrão.
Comidas típicas: o carreteiro e o pinhão.
Nas festas, muita música, gaita e violão,
Sem esquecer do churrasco de fogo de chão.
O gaúcho gosta de andar a cavalo,
Um povo muito contente.
Ser gaúcho é lindo
E dá orgulho para a gente!”
5.CAMPO BOM MEU RINCÃO QUERIDO
Autoras: BELLA ANTONELLA GOMES, LARISSA DE OLIVEIRA E SOFIA RIBEIRO
Profº orientador: DEBORA NOEMI ROSA SILVA DOS SANTOS – EMEF Octacílio E. Fauth
Declamador: BELLA ANTONELLA GOMES
“Sou criança aqui do Sul
Onde o céu é sempre azul
Moro em Campo Bom, que emoção
Princesinha do Vale e do meu coração.
Tem chimarrão e tradição
Tem oficina de dança gaúcha e chula no chão
Tem o M’Bororé que ensina a sonhar
E o Guapos que vive a nos encantar.
Lá no Palanques tem muita cultura
Com respeito, amor e ternura
A Educação aqui é coisa séria
Reconhecimento é bem mais que matéria.
Campo Bom é cheia de histórias
E carrega no peito sua glória
É pequena como eu
Com gente feliz que faz dessa terra seu chão
Vivemos com orgulho em nosso rincão.”
6.NO RANCHO DO MEU AVÔ
Autora: SOFIA GOMES MÜLLER
Profº orientador: ÂNGELA LITWINCZYK MACHADO – EMEF Edmundo Strassburger
Declamadora: A AUTORA
“No rancho do meu avô, em Campo Bom a brilhar,
Onde a história se encontra com o verde a encantar,
No barro batido da minha terra, a chaleira apita a chegar,
E o canto do sabiá se mistura ao som da gaita a tocar.
Com cheiro de lenha que queima, no pátio a conversar,
E o aroma de chimarrão que a alma faz acalmar,
As ruas de asfalto e o rio que vem a passar,
Mostram a força da cidade que cresce sem parar.
Aprendi laçar e domar, fazer a trança em crina fina,
A cuidar do meu lugar, com alma de quem caminha,
No bairro onde a cultura e o progresso se unem na rotina,
Numa cidade que pulsa forte, com orgulho e alegria genuína.
Sou guria e carrego, no peito essa tradição,
Ser gaúcha, ser sincera, ser raiz de coração,
De Campo Bom, minha história, minha paixão,
Um pedaço de chão que é pura emoção.”
7.A TARDE NO GALPÃO
Autor: HENRIQUE FRUSCALSO RIBEIRO
Profº orientador: ANDREIA SARTURI – EMEF Lúcia Mossmann
Declamador: O AUTOR
“Numa bela tarde no galpão (CTG)
Os casais aproveitavam o bailão
Enquanto outros comiam churrasco
E tomavam chimarrão.
Eu lá fora pescando no rio
E meu coração batendo a mil
Por conta do frio.
Quando os peixes pra beira pulavam
Meus avós vendo isso comemoravam
Porque de quando eram crianças
Eles se lembravam.
E minhas irmãs achavam sabugos
Com as palhas do milho
Elas faziam bonecas
E meus irmãos
Jogavam peteca.
Respeitando as tradições
Também fazíamos pipas e balões
Com ajuda de nossas mães.
Assim terminava a tarde na volta do galpão (CTG)
Com bastante emoção
Relembrando a tradição.”
8.MINHA TERRA, MEU LUGAR
Autor: MIGUEL MILCZAREK DA CRUZ
Profº orientador: DAIANA DA COSTA RODRIGUES – EMEF Marcos Silvano Vieira
Declamador: O AUTOR
“Ser gaúcho é saber
Que tenho com quem contar,
Povo unido cheio de paixão,
Com mate na mão
E churrasco de chão.
Agora, se eu te contar
Que sou campo-bonense,
Você nem vai acreditar
Na sorte que tenho de aqui morar.
Brinco no Parcão.
Ando de bicicleta na ciclovia.
E na rua coberta é só alegria.
Meu Campo Bom é bom de verdade.
Lugar de escola, festa e amizade.
Meu Rio Grande é tradição,
Cultura e união,
Com orgulho no coração.”
9.O VIAJANTE GAUDÉRIO
Autora: MELISSA DICKEL PAES
Profº orientador: REBECA LOPES – EMEF CEI
Declamador: JÚNIOR MOISÉS
“Sou campo, sou céu aberto,
Sou gaita que canta e que ri
A tradição que vive e sobrevive
Nas pessoas com quem aprendi
No mate mora o sossego
Na estrada – ai, que saudade!
O tempo carrega o apego
Num eco de antiguidade
A infância dança a milonga
No laço feito de sal
Com a voz da tradição
Forte que bem arrebol
E mesmo que o mundo corra
Com pressa de se esquecer
Carrego a Chama Crioula
Pra nunca me desfazer”
10.ENTÃO NÃO CONHECES O RIO GRANDE
Autora: SARAH ALBERTON WULF
Profº orientador: SILVIA FERNANDA DUARTE – EMEF 25 de Julho
Declamadora: A AUTORA
“Então não conhecestes o Rio Grande, meu amigo?
Onde o minuano conta histórias do nosso chão
Onde encontras cultura e abrigo
E o povo carrega o Sul no coração.
A nossa bandeira carrega as cores da esperança
O quero-quero é o símbolo da nossa terra,
Onde o sol nasce, com força e confiança,
E a lida do campo nunca se encerra.
Nunca provastes o amargo chimarrão,
Ou conhecestes a dança gaúcha de perto?
Não sentistes o calor do fogo no galpão,
Churrasco assando no tempo certo?
Então escuta vivente com atenção
Se não pisastes neste solo tão gigante,
Ainda não sentistes o Sul no coração
Ainda não conheces o Rio Grande,
Terra de amor e tradição.”
11.CAMPO BOM DE ALMA PAMPEANA
Autores: ENZO GABRIEL ADAMS FERREIRA E JOAQUIM SIMMI RODRIGUES
Profº orientador: ÂNGELA LITWINCZYK MACHADO – EMEF Edmundo Strassburger
Declamadores: OS AUTORES
“Em Campo Bom, terra de tradições,
Onde a herança alemã faz suas orações,
Calçados que pisam em nossas estradas,
Histórias de tropeiros e lendas contadas.
Por rotas antigas, gados e sonhos,
Tropeiros passaram, com passos firmes e mansos,
Legado de coragem, força e luta,
Identidade gaúcha em cada disputa.
Campo Bom, terra de gente querida,
Rodeios, danças e tradições
Que enche a alma gaudéria inteira
Celebra a vida com alegria e amor,
Num canto do sul onde o coração é maior.
Que a memória dos tropeiros não se apague,
E a cultura de Campo Bom sempre se propague.
Antigamente os tropeiros andavam com gados.
Hoje em dia, nós andamos com carros.
Mas sabemos que temos campos saudáveis.”
12.O RIO GRANDE DO SUL
Autor: NICOLAS OLIVEIRA DE SOUZA
Profº orientador: ANA LUZIA NANTES AURÉLIO – EMEF Presidente Vargas
Declamador: AURORA DA SILVEIRA
“Os retalhos de um céu azul
Cobrem o chão da minha querência
Brinco com a gauchada na rua
E o tempo passa, mas com paciência.
Tem sabor de chimarrão
Cheiro de pinhão no ar
Riso soltos pelos cantos
E a vontade de nunca parar.
Esse Rio Grande
Amado, gentil e forte
Onde cada piá que sonha
Tem a tradição como um norte.”
Categoria Piá – 7º ao 9º ano
1.DEIXE-ME TE APRESENTAR
Autora: LAVÍNIA SOUZA
Profº orientador: PÂMELA PSCHICHHOLZ – EMEF Santos Dumont
Declamadora: ALICE AVILA NERICKE
“Você já ouviu falar do sul do Brasil?
Lá onde o vento sopra forte?
Tem um lugar chamado Campo Bom,
Onde a vida é vivida num ritmo bom.
É uma cidade cheia de tradição,
Com gente acolhedora e pé no chão,
Aqui o chimarrão passa de mão em mão,
É mais do que só tomar, é conexão.
As pessoas vestem bota e bombacha,
E dançam a vaneira sob a luz do sol.
Tem festa, tem lenço, tem gaita a tocar,
E é um orgulho que não dá pra explicar.
É o Rio Grande do Sul que vive ali,
Na fala, na música, até no jeito de sorrir.
Agora se você conhece o estadão,
Campo Bom talvez também toque seu coração.”
2.CHEGAMOS EM CAMPO BOM
Autor: MIGUEL PINHEIRO CIOCCARI
Profº orientador: CARMEM ADRIANA FILLMANN – EMEF Duque de Caxias
Declamadora: TABATHA BEATRIS DE OLIVEIRA
“Cruzando campos e nascentes
Chegavam os tropeiros
Procurando um lugar decente para descansar
O capataz chamou o ponteiro
Falando aqui vamos ficar
Chamaram o lugar de Campo Bom
Por o gado gostar de suas pastagens
O som dos pássaros cantando
Quero-quero dando rasantes
Os tropeiros festejando pela descoberta
Logo mais chegaram os imigrantes
Derrubaram matas verdejantes
Para fazer casas
Perto do rio e a comunidade logo surgiu
Logo mais fizeram a estação
E veio a Maria Fumaça
Amassando a terra como se fosse massa
Engrandecendo nossa cultura e tradição
Campo Bom no calçado foi o primeiro
Deixando os habitantes faceiros
O trabalho era artesanal
Mas o resultado sensacional
Logo mais os CTGs vieram
E para Campo Bom premiação trouxeram
A gurizada com orgulho ensaia
Para que essa linda tradição
A nossa cidade se sobressaia
E a nossa Campo Bom
Tão única e cheia de vida
Quem por aqui chegava
Já sente-se acolhida.”
3.PEDAÇOS DA MINHA HISTÓRIA: EM CADA PASSO, A TRADIÇÃO
Autora: RAFAELA WOLECK
Profº orientador: CHEILA DANIELE DOS SANTOS – EMEF Borges de Medeiros
Declamadora: A AUTORA
“Sou gaúcha, com orgulho
Cultivo, desde menina,
A nossa tradição.
No CTG, me visto de prenda
Pra me apresentar com dedicação.
Bem guriazinha, nos anos iniciais,
Vi minhas amigas dançando
Com toda a empolgação,
Peguei gosto pela dança
E me apaixonei pela tradição.
-Mãe! Preciso de um vestido!
E, como um forte incentivo,
Minha mãe aceitou.
E juntas fomos, cheias de amor,
Escolher tecido e renda bonita
Pra eu dançar faceira e com esplendor.
Crianças estão crescendo
Com o reconhecimento
Por tudo o que o Rio Grande apresenta,
Com sua alma, sua essência,
Nos quatro ventos da querência.
Um jovem que admira a tradição
Entende que não é passado:
É o legado gaúcho
Em cada alma, enraizado.
Vibra o coração daqueles
Que encontram na cultura
Uma família para chamar de sua,
Um sentimento com pureza
Por esse povo que tem,
Na alma forte e guerreira,
Uma estampa campeira.
Nos tablados, a dança não é
Só movimento ou compasso:
É a cultura gaúcha, de pé,
Vibrando a cada passo.
Entre prendas e peões
Não surgem apenas movimentos:
É a cultura, que respira,
Em passos e sentimentos.
Que nunca falte quem honre
As raízes dessa cultura
De tantas grandezas,
Nem quem dance, com alma,
Levando adiante essa chama acesa.”
4.RODA DE CHIMARRÃO EM CAMPO BOM
Autor: ARTHUR SILVEIRA WEBLER
Profº orientador: GISELE SOUZA E SILVA – EMEF Rui Barbosa
Declamadora: JULIA PIOVOVAR MURACAMI DA LUZ
“Às sete horas a cada desperta
Anoitece a alma aberta
Hora do mate, igual hora sagrada
Hora da vida pausada.
Mãe, prepara com a mão de ternura,
Todo gesto é uma doçura.
A cuia começa a rodar,
Conversas a compartilhar.
Vó, seu jeito tranquilo,
Memórias viram em cada fio.
Contam causos do tempo de antes,
Sorrisos doces e olhos vibrantes.
Fofocamos leve, falamos da vida,
Cada palavra é ouvida.
Na sala somos mais que um,
Família unida, coração em comum.
Campo Bom, cidade querida,
Fizemos o mate como a vida,
Herança, raiz primeira,
Crescida e alma verdadeira.
Colonos chegara, trouxeram paixão,
Chimarrão virou nossa saudação.
Símbolo de afeto profundo,
Que nos conecta ao mundo.
No sul, nesse chão de emoção,
Mate é história, é canção.
Sempre em união.
Renascemos juntos… com o chimarrão.
Apesar de tudo
Não esqueça nosso passado
Continuamos aprendendo
Deixando nosso legado.”
5.IDENTIDADE REGIONAL
Autora: FLAVIA LENZ MARQUES
Profº orientador: MÔNICA LAUTERBACH – EMEF Borges de Medeiros
Declamador: DIOGO
“No Sul do Brasil, onde o vento assovia
Ecoa a alma forte de um povo, noite e dia.
Nas vastas coxilhas do pampa sem fim
Cresce a raiz do gaúcho, orgulhoso de si!
O cavalo relincha nas manhãs de geada
Pisando o chão firme da trajetória sagrada.
Na lida ou na dança, com olhar decidido
A prenda desliza num passo antigo.
Do fogo de chão sobe o cheiro de churrasco
E o som do acordeão embala o compasso.
Precioso líquido circula quente no chimarrão
Com gosto de erva e cheiro de tradição.
A madeira estala, contando o passado
Num rancho modesto, porém respeitado.
Na roda de causos, o tempo é suspenso
Falando de tempos de amor e silêncio.
Nas fronteiras da alma, a pátria é sentida
Com garras e sonhos da lida vivida
E mesmo que o mundo mude seu canto
O gaúcho resiste, cantando seu encanto.
Pois tudo o que é forte, antigo e verdadeiro
Vive na essência de um povo guerreiro
E assim segue a vida, na estampa fiel
Do gaúcho que honra o Rio Grande do Sul com papel e pincel.”
6.TRADIÇÃO QUE NÃO SE APAGA
Autora: SOPHIA BRAUN GOSSLER
Profº orientador: GISELE SOUZA E SILVA – EMEF Rui Barbosa
Declamadora: A AUTORA
“Nas terras do sul do Brasil tão amado
Bate forte o coração do povo honrado.
No mate quente que passa de mão em mão
Se espalha cultura, respeito e união.
A roda de chimarrão é um ritual
Que une amigos num momento especial.
No passar das horas o papo se cria
No sabor amargo que aquece o dia.
Campo Bom é história que não se apaga,
É tradição que o tempo não larga.
Terra que guarda o passado com respeito
E vive o gaúcho com orgulho no peito.
A ciclovia, encanto da Nação,
Primeira da América, que inspiração!
Por onde ela passa a cidade sorri
Mostrando ao Brasil que é bom viver aqui.
Tem dança de chula e gaita no ar,
Tem peão e prenda prontos para dançar.
Com um serrote na mão e alegria no coração,
Tem churrasco assando no fogo de chão.
São contos antigos que o tempo não leva
Soprados no vento, guardados na serra.
Vivem em versos, em vozes, em contos
Crescem no fogo, nos medos, nos mantos.
A pilcha mostra o que somos com orgulho e paixão
Bombacha, lenço e bota firme falam alto no coração.
É mais que roupa bonita, é sinal de tradição
Que mostra orgulho gaúcho em cada geração.”
7.CULTURA GAÚCHA
Autoras: ANNE VITÓRIA CUNHA DE VARGAS
Profº orientador: MÔNICA LAUTERBACH – EMEF Borges de Medeiros
Declamadora: A AUTORA
“Carrego no peito essa herança bendita
Feita de campo, galope e calor
De um povo que vive com alma bonita
E faz da humildade um ato de amor.
No fogo de chão se acende a história
Entre churrascos, histórias e canções,
Que o gaúcho guarda na memória
O valor da família, da terra e do chão.
Na cultura gaúcha, tudo tem sentido,
O respeito ao idoso, a palavra cumprida.
A honra de um povo que segue erguida,
Mesmo quando a estrada se mostra sofrida.
Gaúcho não esquece de onde veio e nem do tanto que sofreu
Nem vira as costas para as tradições.
Segue firme, com alma,
Com o sul tatuado no coração.”
8.O TEMPO DA TRADIÇÃO
Autoras: ISABELLE SCHROER DA SILVA E ISABELLA VITÓRIA WINK
Profº orientador: NUBIANA SALAZAR – EMEF Santos Dumont
Declamadoras: AS AUTORAS
“Cresci com meu pé no chão e amor pelo meu rincão.
Dentro do CTG era muita dedicação.
Em cima dos tablados, era guiada pelo peão.
Não posso negar, havia exaustão,
Mas, no meu coração, uma paixão
Assim seguindo a tradição.
Ao olhar a bandeira me pego pensando:
Como pode haver um estado em que me encontro tanto!
O verde me lembra o chimarrão.
O amarelo, o sol que aquece o meu coração.
E o vermelho, o vestido, que entrou em tantos tablados comigo…
Me trazendo, assim, lembranças de um tempo que jamais será esquecido.
Hoje, infelizmente, desde o dia da enchente,
Ninguém dorme contente.
Mas aquele acontecimento mostrou novamente
A força e união da nossa gente!
Mesmo com essa angústia
A gurizada se reergueu
Lembrando que o Rio Grande do Sul jamais morreu!
Muitos riem do sotaque e não entendem a nossa dor
Mas bah, guri, meu amor não diminui.
Minha resiliência segue forte,
Pois eu sou do Sul até morrer!”
9.O GRITO DO QUERO-QUERO
Autor: DAVI REIS RODRIGUES
Profº orientador: NUBIANA SALAZAR – EMEF Santos Dumont
Declamador: O AUTOR
“Uma vez, campeando pela rua,
Um idoso pilchado eu vi.
Em sua companhia, um jovem
Que escutava os contos do avô sentado ali.
O homem contava sobre as histórias do estado.
Estava ali um homem emocionado:
Revolução, chimarrão, churrasco e tradição,
Guri, guria, prenda e peão.
Contou, também, que em seu chão muitos se foram
Perdeu seu pai e sua mãe em uma guerra sangrenta
E o vermelho do seu sangue, a bandeira, hoje, representa.
Sentia, no grito do quero-quero,
Que os espíritos de seus pais o acompanhavam
Enquanto andava a cavalo,
Parecia que eles o chamavam.
Depois se despediram,
Então vi o homem começar a chorar,
Após ouvir um quero-quero
De muito longe gritar.
Alguns dias depois, recebi a triste notícia:
Aquele velho peão havia partido.
Então avistei um quero-quero e me perguntei:
– Seria ele o homem que eu havia visto?
Hoje, muitos anos se passaram,
E quem está sentado no banco sou eu.
Após enfrentar a enchente
Que de água meus olhos encheu.
Estou sozinho
Pois meus parentes o Rio Grande abandonaram
Queriam se mudar…
Seria a minha vez de também o estado deixar?
Este lugar me representa
Um estado lutador
Que luta e nunca desiste
Mesmo depois de muita dor.
Então, quando esta vida eu deixar
Na forma de quero-quero
Sobre os meus pampas quero gritar.”
10.SILÊNCIO FEITO DE CANÇÕES
Autora: EMILY DOS SANTOS PINTO
Profº orientador: FELIPE ZMUDA RANGEL – EMEF Edmundo Strassburger
Declamadora: GIOVANA CANABARRO
“Lá no campo onde o vento assobia
E a alma encontra sua calmaria
Ser gaúcho é mais ave tradição
É viver com verdade no coração
Com o mate quente entre as mãos
Olho o pampa, um silêncio feito de canções,
Deixo o meu celular a parte
Para ouvir a natureza, o meu Rio Grande, a sua arte
O cavalo não manda notificação,
Mas entende o compasso do coração
A brisa não vibra, nem manda mensagem,
Mas sopra tranquila na paisagem
Descansar a mente, olhar no horizonte
Sentir o sol deixar o monte,
Sentir em mim, as raízes da minha gente
Que alimentam minha alma de vivente
Ser gaúcho é olhar o céu estrelado
Sem pressa, sem toque, sem dado
É viver o tempo com mais poesia
Na simplicidade de cada dia
Então, largo esse mundo virtual
Venho para a vida real, olho para o natural
No campo, o tempo tem outro sabor
Mais mato, mais sol, mais amor”
11.SER GAÚCHO
Autora: VITÓRIA DA SILVA MICHAELSEN
Profº orientador: GISELE SOUZA E SILVA – EMEF Rui Barbosa
Declamadora: A AUTORA
“No coração do pampa, o gaúcho vive
Com costumes que o tempo não paga.
Na tradição que o povo revive
A cultura forte nunca apaga.
Chimarrão na cuia, mate amargo
Compartilhando entre amigos fiéis.
Na roda de mate o papo é largo,
História de vida, sonhos e papéis.
A bombacha ajustada, o chapéu na cabeça;
Traços de orgulho, identidade forte.
Na lida do campo a força não fraqueja,
Respeito à natureza, ao chão, ao norte.
O churrasco ao fogo, aroma que encanta,
Celebrando a vida, a união, o valor.
Na roda de fandango, a dança encanta,
Mostrando o ritmo, o amor e o ardor.
O rodeio é festa, coragem e tradição,
Cavalo e laço, símbolo de bravura da cultura gaúcha,
Pulso o coração de um povo que vive com ternura.
Respeito às raízes, às histórias antigas,
Fé, família, amor ao chão
Costumes que guardam nossas vias
Orgulho do Rio Grande, nossa paixão.”
12.AQUELA TRADIÇÃO
Autora: ANGELINE REIS CAMPOS
Profº orientador: GISELE SOUZA E SILVA – EMEF Rui Barbosa
Declamadora: A AUTORA
“Reza a lenda que existe um garotinho
Pequeno menino que ajuda a encontrar
Aquilo que ninguém mais conseguiu achar.
Em um tempo distante, quase perdido,
Um pequeno menino escravo
Por seu senhor foi torturado.
Os cavalos, perdeu.
Os eve que procurar.
Seu auxílio foi apenas a Senhora dos Céus.
Sua Madrinha, Nossa Senhora,
O ajudou de maneira piedosa
Pois do céu olhou e a injustiça não suportou.
Agora a população gaúcha
Com carinho guarda a tradição
De para o Negrinho acender uma velinha.
O Negrinho também é carinhoso
E como favor ajuda a encontrar
Aquilo que ninguém mais conseguiu achar.”
















