Foi concluído o inquérito que investigou as seis mortes ocorridas no Hospital Lauro Reus em 19 de março. Oito pessoas foram indiciadas por homicídio culposo e outras duas por falso testemunho.
Segundo a conclusão do delegado Clóvis Nei da Silva, devem responder pelas mortes o diretor-executivo da Associação Beneficente São Miguel, Ricardo Pigatto, a ex-diretora administrativa do Lauro Reus, Melissa Fuhrmeister, quatro funcionários do setor de manutenção, Diordinis Maciel de Mello, Jeferson Oliveira Miranda, Paulo Ricardo Machado Lopes e Douglas Pereira Gomes, e dois funcionários da empresa Air Liquide, Marcelo Sauner Junior e Bruno Elias de Souza. Outros dois funcionários da Air Liquide foram indiciados por falso testemunho, Sérgio Aguiar e André Luis Maciel.
Para a Polícia Civil, o hospital e a Air Liquide são solidariamente responsáveis pelo fornecimento de oxigênio aos pacientes e, para o delegado, houve falha injustificada da Air Liquide ao não repor o insumo no tempo correto e, ao mesmo tempo, o hospital deixou de adotar medidas necessárias para prevenir a falta do gás.
Ainda segundo a polícia, as seis mortes registradas naquele dia foram em decorrência da falta de oxigênio. São elas: Suraí Silva da Silva, 51 anos, Fernando Cora da Silva, 39 anos, Zeli Maria Dias, 59 anos, Carmem de Fátima Liczbinski, 67 anos, Málsia Beatriz Mauser, 48 anos e Vani Heloína Diesel, 66 anos.