“Campo Bom eternamente
Estarás no meu coração
Praças, parques de lazer
Tua cultura e educação.
Teus filhos que aqui nasceram
E também os de adoção
É com orgulho verdadeiro…”
Se você é campo-bonense, certamente não leu, mas cantou os versos acima. Trata-se de um trecho do hino do Campo Bom. Cidade quente, calorosa, referência quando o assunto é cultura e educação. Talvez, como diz o próprio hino, por ter sido construída pelos filhos que aqui nasceram e também os de adoção. Mas a força que se emana na população de pouco mais de 66.712 mil habitantes, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), ultrapassa as barreiras territoriais. Pessoas que se preocupam com as outras, pessoas que dedicaram suas vidas em ajudar o próximo, a lutar por uma causa. Neste 61º aniversário de Campo Bom o AG reuniu histórias de campo-bonenses de coração, que aqui nasceram ou escolherem o município para viver. Vamos mostrar histórias reais de amor e dedicação, vamos falar do Orgulho da Nossa Gente.
Conheça João Scholz
Seguindo a máxima de que, quando se quer mudar o mundo, é preciso começar pela própria casa, o jovem empreendedor campo-bonense, João Henrique Zborowski Scholz, 26, resolveu que era hora de mudar a realidade do nosso município. Partindo de um dos cartões-postais da cidade: o Arroio Schimidt, o principal arroio de Campo Bom. Principal porque nasce antes da ERS-239, passa pelos bairros Aurora, Centro e 25 de Julho onde deságua no Rio dos Sinos. Com uma extensão aproximada de 7. 000m, o Schmidt conta com dois afluentes o Arroio Weidler e Arroio Quatro Colônias. Comprometido em toda a sua extensão, com impactos ambientais como esgoto doméstico e industrial, erosão das margens, assoreamento, falta de mata ciliar, e principalmente lixo no leito e nas margens. “Sempre ouvi dos antigos frases como “no meu tempo, podíamos tomar banho no arroio!”. Meu sonho é que a gente possa falar o contrário para as futuras gerações: “No nosso tempo, o arroio era poluído e descuidado. Agora, divirtam-se!”. Tenho convicção que no futuro daremos a volta por cima e que esse movimento já começou. Faço questão de fazer parte disso”, revelou Scholz, membro do Rotaract Campo Bom onde desenvolvem há cerca de dois anos o projeto Águas que Ligam. Iniciativa que além de ter como objetivo despertar o interesse da população sobre a importância da preservação ambiental realiza durante todo ano diversas mobilizações como limpeza do arroio, plantio de árvores, caminhada de reconhecimento, concurso fotográfico e está desenvolvendo um projeto para implantação de uma ecobarreira no Arroio Schimdt, a estrutura irá impedir que materiais como plásticos, isopores, galhos e madeiras cheguem ao Rio do Sinos. O campo-bonense filho de Marinice Zborowski e Artur Scholz uniu em seu trabalho dois elos fundamentais para o desenvolvimento de qualquer sociedade: o voluntariado e a preservação ambiental, sempre entrelaçado com o carinho que sente pelo município. “Em Campo Bom cresci, fui educado e muito amado. Hoje, sinto uma profunda responsabilidade pelo nosso espaço e nossas pessoas. Nos últimos tempos, tive o privilégio de conhecer o Brasil e o mundo de maneira mais completa, o que – confesso – foi tentador, porque estamos muito atrasados em muitos sentidos. No fim das contas, tudo isso reforçou meu sentimento pela cidade, porque vejo aqui um grande potencial e um futuro brilhante – e, principalmente, muito o que fazer. Através do Rotaract, tenho feito meu caminho nessa direção”.