Segundo o Ministério Público de Campo Bom, faltam indícios que demonstrem prática de crime no inquérito contra Faisal Karam (Republicanos), pelo suposto uso de Inteligência Artificial (IA) na campanha municipal 2024.
De acordo com o parecer assinado pela promotora de Justiça Ivanda Grapiglia Valiati, são poucos os indícios. “Demonstrado nos autos, não foi possível verificar como o suposto contratado para fazer o falso vídeo chegou até o requerido Faisal, para tratar o assunto, bem como, pelas próprias palavras de Fábio quando esteve na Promotoria de Justiça, conforme vídeo juntado pela signatária aos autos, afirmou que não havia ocorrido a contratação do serviço e nem havia sido feito o pagamento”. Além disso, o texto destaca o encontro, mas o que foi apresentado não é o suficiente. “A conversa gravada, que não é negada pela requerido Faisal não passa de atos preparatórios que não geraram o citado vídeo, e, portanto, a conduta não se amolda ao que prevê a resolução. Do mesmo modo na seara criminal, não sendo possível adequar a conduta a qualquer tipo penal, quer seja eleitoral ou não. Dito isso, descabe discorrer sobre as preliminares levantadas, pois o fato em si, cerne da discussão, não se presta para as consequências pretendidas. Face ao exposto, opina o Ministério Público pela improcedência da ação”, encerra o texto do parecer.
Na representação e denúncia movidas pelo então candidato e, agora, prefeito eleito, Giovani Feltes (MDB), que alegava suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social, pedia a cassação das candidaturas de Faisal e do vice na chapa, Alex Dias (PL), além de inelegibilidade de oito anos de Karan.