O 25 de outubro marca a celebração do Dia do Sapateiro e da Sapateira, profissão que moldou a história econômica e social de Campo Bom. A indústria calçadista foi responsável por projetar o município nacional e internacionalmente, com marcos como a primeira exportação de calçados do país, em 1968, e a realização da primeira Feira Nacional do Calçado, em 1961, que deu origem à Fenac.
Segundo o Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, a base produtiva do calçado gerou, ao longo das décadas, os maiores postos de trabalho formais do município, sustentando massa salarial, consumo, arrecadação e desenvolvimento. Hoje, cerca de 70% da categoria é composta por mulheres. Essa realidade é refletida, também, na direção sindical, presidida por Regina Knevitz, reeleita como primeira mulher à frente da instituição.
O Sindicato destaca que, além da negociação coletiva e da defesa de direitos, a atuação inclui formação profissional. Em 2024, foi retomado o curso histórico de costura de calçado, com 120 horas e duas turmas, compostas por jovens que ingressam no setor. A entidade também mantém Centro de Saúde, assessoria jurídica gratuita, fiscalização trabalhista, benefícios educacionais e atividades culturais.
Mesmo diante dos efeitos das reformas trabalhista e previdenciária, o Sindicato afirma manter o compromisso com dignidade, permanência e renovação da categoria. “Ser sapateiro e sapateira é nosso orgulho, nossa vocação. Um país mais justo se constrói valorizando quem trabalha e quem produz”, conclui Regina.
















