Risco para doenças aumenta com o desastre no RS
Campo Bom, assim como outras cidades do Rio Grande do Sul, vive um momento de grandes desafios devido às recentes enchentes que afetaram a região. Além dos danos materiais, as enchentes trouxeram preocupações significativas para a saúde pública local.
A secretária de saúde de Campo Bom, Luana Schnorr, destacou os riscos aumentados de doenças como leptospirose, hepatite A e dengue. “A maior demanda será a síndrome gripal, especialmente agora com o inverno”, afirmou Luana. Ela mencionou que, até o momento, não houve casos confirmados de leptospirose, mas a vigilância continua rigorosa.
Um inverno desafiador
Com a chegada do inverno, a incidência de síndromes gripais naturalmente aumenta. Este ano, as enchentes agravam ainda mais essa situação. “O pessoal teve as casas afetadas, muitas vezes ficando em ambientes frios e abrigos, facilitando a transmissão da gripe”, explicou Luana Schnorr.
A secretária reforçou a importância da vacinação contra a gripe, disponível para todas as idades, e a necessidade de manter medidas preventivas, como higiene das mãos e evitar aglomerações. “A vacinação contra a gripe é essencial, e precisamos da colaboração de todos para evitar surtos maiores”, acrescentou.
A colaboração da população é crucial para enfrentar os desafios sanitários. Luana enfatizou a importância de revisar o esquema vacinal, incluindo vacinas contra tétano e hepatite. “É crucial que as pessoas revisem suas vacinas e busquem orientação na secretaria de saúde”, disse ela.
Além disso, ela destacou a necessidade do uso de equipamentos de proteção, como botas de borracha e luvas, ao entrar na água das enchentes, e a procura por atendimento médico em caso de exposição prolongada. “Pedimos que as pessoas observem os sintomas e procurem atendimento médico em caso de exposição prolongada à água das enchentes”, orientou.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida pela urina de animais, especialmente ratos. Com o aumento do contato com águas contaminadas, a vigilância sobre essa doença foi intensificada. “Os casos suspeitos estão sendo monitorados, mas a notificação ao Estado está com dificuldades devido às enchentes”, explicou Luana.
Controle da dengue
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também é uma preocupação crescente. Em 2024, o Rio Grande do Sul já registrou mais de 105 mil casos confirmados e 131 óbitos. “Estamos continuando com nossas ações de prevenção, incluindo a aplicação de produtos preconizados e vistorias nas áreas afetadas”, informou a secretária de saúde. As áreas mais afetadas pelas enchentes eram bairros com menor incidência de dengue, mas o monitoramento continua em toda a cidade.
Atenção para Hepatite
A hepatite A, transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados, é outra preocupação. Os sintomas incluem febre, mal-estar, náuseas e icterícia. “A vacina contra hepatite A está disponível no SUS e pode ser aplicada em adultos em situações de enchente”, lembrou a secretária.