No segundo domingo do mês de maio, é comemorado o Dia das Mães. A data faz parte da nossa cultura e representa a importância da figura da mãe que, para muitos, é sinônimo de amor, proteção, força e acolhimento.
Segundo autor desconhecido, mãe é termo usado para designar um coração capaz de amar infinitamente. É sentir por dois, sorrir por dois, sofrer por dois. É dar o melhor de si, duas vezes, é aquela que cura com um abraço. Que sara machucado com um beijo. Mãe é aquela quem deu à luz amor.
Em 2021, com o isolamento social provocado pela Covid-19, a comemoração do Dia das Mães ganhou ainda mais importância. As mães precisaram se reinventar e passar por obstáculos que nunca imaginaram que seriam necessários. O AG conversou com duas mulheres sobre o papel de ser mãe durante a pandemia.
Lauren Inês Bohn, de 27 anos, é mãe do pequeno Rafael Bohn Metz Reis, 5. Ela conta que está sendo um desafio diário, pois a rotina da família e da criança mudou muito. “Tivemos que nos reinventar e nos adaptarmos a inúmeras mudanças, sendo elas físicas e psicológicas”, conta. Além da necessidade de simplesmente permanecer em casa, a adaptação das aulas on-line foi um desafio para Lauren. “Meu filho está entrando na fase da alfabetização, uma etapa extremamente importante na aprendizagem, embora tenhamos tido um excelente suporte da escola durante o período de aulas on-line, para as crianças pequenas é difícil ficar à frente de um computador. Creio que a escola é insubstituível, então tentamos inserir uma rotina de atividades escolares e leitura de livros infantis para amenizar um pouco a falta da escola durante esse período na vida dele”, relata.
Lúcia Helena Gomes de Jesus, de 62 anos, é mãe de dois filhos, o Rafael, 37, e do Rômulo, 27. O filho mais velho mora em outra cidade e o mais novo é autista, ser mãe na pandemia significou desafios e saudade para Dona Lúcia. “Estou desde outubro sem ver o Rafael, com minhas netinhas e minha nora. A saudade e a angústia de que esse vírus poderia chegar a eles, juntamente com a reclusão em casa, ocasionam crises e muito o meu descontrole emocional, acarretando nesses tempos de pandemia uma crise de ansiedade muito forte o qual tive que buscar ajuda médica e profissional, o que me passou tranquilidade para superar toda essa instabilidade emocional que acometeu a todos nós”, relata. Segundo ela, os especiais, assim como Rômulo, foram os que mais sofreram os impactos da pandemia. Por serem muito ligados à rotina, a mudança acabou gerando um descontrole sensorial e muita confusão mental. “Pelo menos para o Rômulo foi assim. Foi um pouco complicado no início, ele ficou muito confuso por não poder ir à escola e não conseguia assimilar direito uma aula virtual”, diz. “Mas através de conversas com as professoras, sempre tão gentis e incansáveis na busca de alternativas para estimulá-lo, fomos chegando em pontos que mostraram interesse e assim alternando as tarefas deixando no tempo dele. O que está respondendo de uma forma mais perceptiva e parece em alguns aspectos gosta e até sorri quando falo que foi a professora que mandou”.