Preocupadas com a confraternização de Natal de 13 idosos moradores de um asilo no bairro Celeste, duas campo-bonenses iniciaram uma campanha para garantir que todos recebam os presentes desejados na festa de final de ano. Esta foi a primeira vez que Mari Beatriz Camargo e Fernanda Rodrigues, promoveram a iniciativa para atender aos pedidos dos idosos do Residencial Geriátrico Santa Aurides, em Campo Bom.
As voluntárias, com autorização da direção da casa, levaram um quadro escolar e giz ao asilo. Elas pediram aos idosos que dissessem o que gostariam de ganhar no Natal, escreveram cada pedido e fizeram uma fotografia. As imagens foram compartilhadas em uma página no Facebook e em menos de 14 horas todos os pedidos formam adotados. “’O que você quer no Natal?’, eu perguntava. Eles respondiam que queriam ‘um abraço, um sorriso’ porque ‘tinham tudo’. Daí eu ia conversando até descobrir do que precisam”, contou Mari ao AG.
Segundo ela, a ideia surgiu através de um comentário de seu filho, Rafael, de 12 anos que passa em frente ao asilo todos os dias à caminho da escola. “Um dia ele me falou que não podia faltar a aula porque um vovô esperava ele no jardim do residencial para dar bom dia. Achei curioso o comentário e resolvi acompanhá-lo para conhecer o tal vovô. Grata foi a minha surpresa”, relembra. Naquele dia Mari conheceu seu Atilio dos Santos, 66 anos, que confirmou a história. “Ele me disse que acordava cedo para esperar as crianças passarem para dar bom dia e desejar boa aula. Aquilo me comoveu, eu sabia que precisava trazer mais alegria além de um simples bom dia”.
Em poucas horas todos os vovôs foram “adotados” e, como os interessados em ajudar não param de chegar, as amigas resolveram estender o projeto para um asilo em Sapiranga. “No segundo lar, quase todos os pedidos já foram atendidos também. Nós nem acreditamos que vamos conseguir ajudar tantas pessoas”.
O empresário Paulo Machado de Barros, proprietário do residencial revela que todos os anos acontece a festa de Natal no lar onde as famílias são convidadas a participar. “Preservamos muito a ligação e o contato com as famílias. E eles sempre são bem-vindos, a qualquer hora. Mas a iniciativa das gurias é muito bacana, porque o que eles realmente gostam e precisam é de atenção, de conversar e elas estão ajudando com isso”, revela Barros.
A entrega dos presentes está programada para acontecer ainda este mês. As voluntárias irão promover uma tarde com lanches no lar.