A maioria absoluta das religiões e filosofias defende a prática do transplante de órgãos por ser um ato de amor ao próximo. Porém, em alguns casos, só é aceito o transplante entre órgãos e tecidos limpos – onde não há troca de sangue. Em todos os casos, a opção de doação é individual e nos casos de doador falecido a família deve autorizar a doação.
Quanto à questão ética é também defendido que a doação de órgãos deve ser feita seguindo parâmetros claros, sem que haja o comércio indiscriminado de órgãos e o favorecimento de algumas pessoas financeiramente. Do ponto de vista religioso, o corpo é abrigo da alma e a comercialização de órgãos é uma prática que promove a banalização do corpo e transforma-o em objeto, sendo assim, é contrário às morais defendidas.
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Um levantamento realizado entre líderes religiosos, pelo Programa Regional de Transplante de Nova York mostra, a opinião de religiões a respeito da doação de órgãos.
Assembleia de Deus: Não tem uma posição oficial sobre o tema. A decisão de doar cabe ao indivíduo.
Batista: A doação é apoiada como um ato de caridade e a decisão fica a cargo de cada membro.
Budismo: A doação de órgãos e tecidos é uma questão de consciência individual.
Catolicismo: Os transplantes são aceitos pelo Vaticano e a doação é encorajada como um ato de caridade.
Ciganos: Os ciganos são pessoas de diferentes grupos étnicos sem uma religião formalizada. Eles compartilham das mesmas crenças e tendem a ser contra a doação de órgãos e tecidos por admitirem a vida após a morte, com a particularidade de acreditarem que um ano após a morte a alma volta para o corpo que deve estar intacto para recebê-la.
Hinduísmo: A doação de órgãos é uma decisão individual.
Islamismo: Tem como prioridade salvar vidas e permite o transplante e a doação de órgãos.
Testemunhas de Jeová: A doação é uma questão de consciência individual, com a condição de que os órgãos e tecidos tenham todo o sangue completamente drenado.
Judaísmo: Acreditam que, se há possibilidade de salvar uma vida, é obrigatório doar os órgãos. A doação pode também ser feita entre pessoas vivas. Proíbe, entretanto, a doação de partes do corpo para “bancos de órgãos” ou para estudo em ciência e pesquisa.
uLuteranos: Apoia a doação de órgãos pois a ação contribui para o bem-estar da humanidade e pode ser uma forma de sacrifício por amor ao próximo em necessidade. Eles convocaram todos os membros a considerarem a doação de órgãos e tecidos e a fazerem os ajustes legais necessários para tal, de si próprio e de sua família.
Mórmons: Não se opõem à doação de órgãos e tecidos, mas acreditam que essa é uma decisão individual a ser tomada junto com a família, médicos e pastor da Igreja.
Pentecostal: Acredita que a decisão cabe ao indivíduo.
Protestantismo: Encoraja e apoia a doação de órgãos.
Presbiteriana: Apoiam a doação de órgãos, respeitando aqueles que optarem por não fazê-la.
Espiritismo: É a favor quando o ser está consciente da sua imortalidade e compreende o quão valioso para outras vidas será a doação dos órgãos, que lhe têm sido úteis podendo.
Seicho-No-Ie: O cidadão que deseja doar seus órgãos, após sua morte, deve cuidar deles com o maior zelo, para que eles possam funcionar com perfeição após a doação. Além disso, deve oferecer seus órgãos acompanhados da vibração de sentimentos de amor, gratidão e bênção durante muito tempo, a ponto de o receptor, que teve a felicidade de recebê-lo, poder doar a outra pessoa, e assim sucessivamente.