Na primeira parte da série Multiplicando Vidas, algumas dúvidas recorrentes sobre a doação de órgãos serão respondidas. As informações são da Fundação Ecarta, através da Cultura Doadora, que incentiva a comunicação e informação sobre o assunto.
Apesar de ter um dos mais bem estruturados sistemas de transplantes do país, com 54 equipes médicas, uma central e seis unidades de procura de órgãos, o Estado do Rio Grande do Sul poderia realizar o dobro de transplantes se não ocorressem falhas na identificação de doadores. A doação efetivamente é realizada a partir da autorização por escrito de um familiar do doador. Por isso, é fundamental conversar sobre o assunto em família para que todos saibam da posição de cada um a esse respeito. O primeiro passo é a informação.
A série Multiplicando Vidas é uma ação do Jornal A Gazeta, em parceria com o gabinete da primeira-dama, Kátia Orsi, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde, e a Fundação Cultural e Assistencial (Ecarta), de Porto Alegre. No dia 5 de outubro, acontecerá uma palestra para interessados no assunto, no Anfiteatro do Complexo CEI, às 19h.
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Quem pode ser doador?
Doador vivo | São pessoas saudáveis que decidem doar. A Legislação permite esse tipo de doação por parentes até 4º grau e cônjuges. Não parentes podem doar somente com autorização judicial.
Doador com morte encefálica | Certificada a morte encefálica de um potencial doador, cabe aos familiares, até segundo grau ou cônjuge, decidir sobre a doação dos órgãos – o que tem o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos).
Há doenças que impedem a doação?
A doação é vetada para doadores com algum tipo de câncer e HIV. Portadores de marcas dos vírus de hepatite B e C só podem doar para receptores com o mesmo tipo de vírus, inativo. Leucemia ou linfomas impedem a doação de córneas, mas não há restrição nos demais casos de câncer – mesmo com metástase. O alcoolismo inviabiliza somente a doação do fígado.
Somente pessoas jovens podem ser doadoras?
Não. A idade não é fator limitante para a doação de órgãos. Uma pessoa acima de 70 anos, por exemplo, pode doar rins, fígado e córneas. Após a família autorizar a doação, alguns exames são realizados para verificar a viabilidade de cada órgão ser doado.
O que é morte encefálica e como se dá a sua comprovação?
É definida como a parada total e irreversível das funções encefálicas. No Brasil, de acordo com a Resolução nº 1.489, de 1997, do Conselho Federal de Medicina (CFM), são necessários para o seu diagnóstico dois exames clínicos, com intervalos variados de tempo de acordo com a idade, realizados por dois médicos não envolvidos com os procedimentos de transplante, e um exame gráfico complementar. O doador em morte encefálica é o indivíduo com perda total e irreversível das funções encefálicas, mas que mantém os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea de forma artificial e temporária. É confirmada por três médicos, em momentos diferentes, mediante exames. Não há como a doação acontecer sem essa comprovação. A família tem o direito de designar um médico para acompanhar todo o processo.
Quais são os órgãos e tecidos que podem ser doados?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, rim, córnea, ossos, músculos e pele.
Você tem alguma pergunta que gostaria que fosse respondida sobre doação de órgãos? Mande uma mensagem no WhatsApp ou ligue para o AG, no número 99791-0963, que as dúvidas serão respondidas no dia 5 de outubro pelo especialista do Ecarta.