Esqueça os nomes complicados como bhadrásana, gorakshasana ou utkatásana. Para os pequenos yogues de 9 a 10 anos, as tradicionais posturas da yoga viram posição “do gato”, “do cachorro” ou “da árvore”, e a respiração é exercitada por meio do movimento da “barriga dançante”. De forma lúdica, divertida e repleta de associações, a prática milenar ajuda as crianças a desenvolver a consciência corporal e o autoconhecimento.
Diferentemente das técnicas voltadas aos adultos, o chamado yoga para crianças não é focado na realização de meditação e posturas, embora as mais simples possam ser executadas. Durante os 40 minutos de aula, meninos e meninas são estimulados a trabalhar coletividade, noção de espaço, imaginação, concentração e criatividade por meio de histórias, danças e brincadeiras.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Marcos Silvano Vieira, no bairro Alto Paulista em Campo Bom, desde o mês de março uma vez por semana, o encontro começa com um momento de concentração, em que as crianças fazem o famoso “OM”, também conhecido como “som da natureza”. Em seguida, realizam um pequeno aquecimento em todo o corpo. Nesse momento, podem bater os pés no chão, massagear as próprias pernas e movimentar o pescoço para ativar o organismo. Passada a agitação do aquecimento, é hora de praticar a yoga.
A posposta, pioneira na rede pública campo-bonense partiu da professora de Educação Física Cassandra Lanzoni, que após finalizar o curso de Instrução de Yoga para Crianças propôs que a técnica fosse incorporada à grade curricular, iniciativa que foi aprovada pela Secretaria de Educação e Cultura, Simone Schneider.
“Considero importante a ioga no trabalho com as crianças. Ela pode auxiliar na aprendizagem dos alunos, e, como a instituição é de Tempo Integral, pode inserir no seu quadro de atividades a modalidade, uma vez que é de interesse da escola, dos alunos e da comunidade e tem trazido resultados”, afirmou.