Ventilação, orientação e álcool gel: como escolas campo-bonenses estão lidando com o coronavírus

Joceline Silveira/AG

À medida que casos do novo Coronavírus são confirmados no Rio Grande do Sul, instituições que reúnem grande número de pessoas, como escolas, se mobilizam na prevenção à doença.

Abordar o assunto com crianças e adolescentes, é uma das ações colocadas em prática por unidades de ensino em Campo Bom coordenadas pela Secretaria de Educação e Cultura para reforçar a prevenção. Além de esclarecer os alunos sobre o Coronavírus, a rotina de cuidados é foco não apenas para essa enfermidade. “Não podemos perder essa atenção no dia a dia. A dengue, por exemplo, mata mais que esse novo vírus”, destaca Marcia Cristina Moreira, vice-diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Centro de Educação Integrada – CEI.

Lá, uma campanha para relembrar os cuidados diários está sendo reforçada, desde a divulgação do primeiro caso da doença no município. Os estudantes são abordados com atividades lúdicas, de pesquisa e debatem sobre o tema. E a oferta de álcool gel e desinfecção dos ambientes foram ampliadas. Medidas semelhantes foram adotadas pelas mais de 40 EMEIs e EMEFs campo-bonenses. “Com os casos da doença surgindo, reforçamos as orientações aos alunos, como, por exemplo, a importância da higiene e lavar as mãos com frequência e a importância de manter os ambientes bem ventilados”, pontuou a coordenadora da instituição, Vanessa Cristina Müller.

Desde o começo do ano letivo, a lavagem cuidadosa das mãos, que já fazia parte da rotina dos estudantes, passou a ser reforçada todos os dias pelos professores. Diariamente as classes e cadeiras são higienizadas com álcool e o uso do bebedor foi substituído por garrafinhas que os estudantes levam de casa. Os alunos também são orientados a usar álcool gel e a não compartilhar material escolar e outros objetos e a evitar cumprimentar uns aos outros com abraços e beijos. “Assim, fica todo mundo livre de Coronavírus e dos outros vírus também”, explica a professora Ciências do 8º e 9º ano, Camila de Oliveira.

Matemática combina com prevenção

A prática na escola serve não apenas para proteger os 720 alunos, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, mas também para que as orientações cheguem às famílias. A instituição promoveu uma série de atividades para orientar os estudantes. Pelos corredores, vários cartazes estampam ilustrações sobre o que se deve fazer para evitar o contágio. “Todos contra o Covid-19, sempre lave as mãos. Evite colocar as mãos no olho, no nariz e na boca”, diz um dos cartazes. Outro é mais enfático: “Sem abraço, sem beijinho e sem aperto de mão.”. “A gente ensina as formas de prevenção para que as crianças sejam multiplicadoras. É impressionante como as crianças absorvem a informação com mais facilidade que os adultos. E eles saem levando [informação] mesmo. As crianças são professoras natos”, disse a professora de Matemática, Ana Correa, que está desenvolvendo um projeto que alia o ensino da disciplina com a conscientização sobre a pandemia. Durante a atividade, os alunos puderam aprender sobre a origem da doença, formas de transição, como o vírus circula e as precauções básicas para se evitar o contagio. “Primeiro, os alunos tiveram uma aula teórica, quando foi abordada a correta higienização das mãos e a importância deste hábito. O objetivo principal é conscientizar os estudantes sobre o que realmente está acontecendo no mundo, para que eles possam identificar o que é verdade e o que é Fake News”, explica a professora.

De acordo com Ana, durante as aulas o tema será abordado sempre utilizando diferentes aspectos ligados à Matemática. “Já trabalhando com probabilidade e estatísticas, além de revisar conteúdos através das operações matemáticas simples como adição, subtração, multiplicação e divisão”, explica a professora que adianta que nas próximas aulas a pandemia será analisada através de tabelas, fluxogramas e diagramas.

Sair da versão mobile