Variante: Covid-19 e a sua rapidez de mutação

Os vírus têm a capacidade de modificar rapidamente seu genoma – informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA. O alto número de pessoas contaminadas aumenta a probabilidade de que ocorram mais mutações. “Quanto mais o vírus circula de forma descontrolada, maior a chance de surgir novas variantes e maior a chance de coinfecção”, explica a biomédica, Luana Silva.

A variante P1, que teve origem em Manaus, oferece capacidade de até duas vezes mais transmissão, sendo sua agressividade mais alta também. Já se tem registros da circulação da variante P1 no estado do Rio Grande do Sul, porém, em Campo Bom ainda não há registros, mas não é descartada a hipótese de ela já estar circulando pelo município.

“O perfil [de contaminação pela variante] é diferente dos casos registrados em 2020. Permanece nocivo para idosos, porém se tem observado que os jovens estão sendo mais atacados e, também casos em pessoas sem comorbidade alguma ou quadros mais graves estão sendo relatados. A infectividade e a transmissibilidade são maiores devido a carga viral ser maior no trato respiratório, ou seja, o vírus tem uma capacidade maior de acessar as vias aéreas superiores. As pessoas infectadas permanecem sintomáticas por mais tempo”, explica Luana.

De acordo com estudos, as vacinas CoronaVac e Oxford são preventivas contra a mutação P1 mas, com a vacinação lenta no país, é necessário seguir as medidas restritivas para conter a propagação do vírus, como as que já vêm sendo alertadas há um anos, desde o começo da pandemia: manter o distanciamento social, usar máscara, evitar aglomerações, higienizar as mãos. E, para aquelas pessoas que a vacina já está disponível, é muito importante se vacinar.

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