Uma jornada de superação do Câncer de Mama

Giordanna Vallejos/AG

A força de Patrícia Farias é um exemplo de coragem e resiliência no combate ao câncer de mama

Por Giordanna Vallejos

Patrícia Farias estava nadando, como fazia regularmente. Um movimento errado do braço direito resultou em um puxão doloroso, e daquele momento em diante, a professora enfrentaria uma jornada repleta de desafios inimagináveis. Seu relato de coragem e superação no combate ao câncer de mama serve de inspiração neste Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização e prevenção do câncer de mama.

O incidente a levou a procurar ajuda médica, e foi durante essa jornada que ela recebeu uma notícia que mudaria sua vida. Seu médico percebeu um nódulo atrás do músculo, o que a levou a consultas com um ginecologista e, posteriormente, uma mastologista.

“Eu não tinha mais chão quando precisei fazer o exame para saber se o nódulo era maligno ou benigno. Eu me perdi toda, fiquei em choque, porque a palavra câncer pesa muito. Pensava que eu ia morrer, que não ia conseguir. Quando tu não passa perto disso, não imagina como é”, compartilha Patrícia.

A mastologista confirmou o diagnóstico de câncer de mama e recomendou a remoção de metade da mama. O medo da cirurgia e da incerteza a atormentavam. “Quando ela me disse que eu estava com câncer, eu perdi a noção de tempo e espaço. A última coisa que eu disse para a dra. foi ‘não me deixe morrer'”, relembra Patrícia.

A cirurgia ocorreu e o alívio que Patrícia sentiu ao acordar foi imensurável. No entanto, ainda haviam desafios a enfrentar, incluindo radioterapia que causou queimaduras na mama e alterou a pigmentação de sua pele.

Patrícia, além do câncer, também lidava com artrite reumatoide, hipertensão, síndrome do pânico e outras complicações. Ela acredita que o câncer que enfrentou foi resultado do estresse. A depressão a atingiu após as radioterapias, levando-a a tentar o suicídio em 2016. “Eu dormia com o câncer e acordava com o câncer na minha mente. A pessoa com câncer precisa ter apoio da família e dos amigos”, diz Patrícia.

Patrícia teve um renascimento após sua tentativa de suicídio e permaneceu 28 dias no hospital. Ela desenvolveu uma nova perspectiva sobre o câncer e a importância de cuidar de sua saúde emocional. “Minha fé aumentou muito mais depois que fui parar na cama do hospital” compartilha.

Até o momento, seus exames continuam negativos, e Patrícia tem uma mensagem para compartilhar com aqueles que enfrentam a mesma batalha: “O diagnóstico do câncer não deve ser recebido com tanto medo. Procura manter a calma, fazer tudo que precisa, se estiver com tempo ocioso, busca distrair a mente. Pega o melhor caminho e se apegue a Deus, porque é somente ele que vai te estruturar e te fortalecer nesse momento”.

Hoje, Patrícia olha para trás com orgulho de sua jornada de superação. Ela continua seu trabalho com psicólogos e nutricionistas, mantendo um equilíbrio mental e físico. Ela não esquece o apoio fundamental que recebeu da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Novo Hamburgo e de diversos profissionais da saúde.

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