“Sou filha do impossível”: Gisleine Kaizer completa um ano de luta e fé contra o câncer

Gi Kaizer e familia

Foto: Arquivo pessoal

Há um ano, a vida de Gisleine Kaizer mudou completamente. O diagnóstico de câncer trouxe medo, lágrimas e incertezas, mas também revelou uma força movida pela fé e pelo amor da família. A descoberta veio após um erro na solicitação de exames: ao invés de uma tomografia da cabeça para monitoramento de coágulos antigos, foi realizada uma tomografia de corpo inteiro. No exame, apareceram nove nódulos espalhados por diversas partes do corpo como seios, coluna, garganta, ovário, nariz e fígado.

“Lembro do dia do diagnóstico como se fosse hoje. O chão se abriu, e eu me perguntei se conseguiria. Mas ao olhar para meus filhos, vi o motivo para lutar”, conta. Mãe de um menino de 8 anos e de uma menina de 5, Gisleine precisou encontrar coragem mesmo quando o corpo pedia descanso. Foram meses de exames, dores e hospital, mas também de orações e esperança. O marido esteve ao lado dela em cada etapa, e amigos e familiares se uniram em apoio.

Foram cirurgias, medicações e momentos de silêncio, em que só a fé respondia às perguntas do coração. As cicatrizes ficaram – algumas no corpo, outras na alma – e hoje contam uma história de renascimento e superação. “A dor me transformou. Aprendi que cada amanhecer é um milagre e estar viva é um presente de Deus”, declara.

Mesmo em meio à luta, manteve um sorriso sereno e inspirou quem estava à sua volta. Dessa fé, nasceu seu lema: sou filha do impossível. Amigos e familiares organizaram galetos solidários e brechós para ajudar no tratamento – provas de que a solidariedade é capaz de mover montanhas.

Agora, Gisleine completa um ano desde o diagnóstico e a entrada do câncer em remissão, vivendo um dia de cada vez, em manutenção e controle mensal. A batalha contra a doença transformou a vida de Gisleine em testemunho e inspiração. “Não perca a fé. Mesmo quando tudo parecer escuro, Deus ainda está lá, trabalhando em silêncio”, enfatiza.

“O tratamento é desafiador, mas tive a sorte de ter ao meu lado um verdadeiro parceiro. Meu esposo Urbano, não apenas me apoiou, ele participou de cada etapa. Ele é o meu alicerce, o responsável por transformar o medo em força. Sua dedicação incondicional tem sido o principal motor da minha recuperação e a prova mais linda de que o amor é, sim, a melhor terapia. Em um momento que estamos tão vulneráveis, o companheiro faz toda a diferença e o meu moveu montanhas para que eu recebesse o melhor tratamento. Sou grata ao senhor por colocar um homem forte e guerreiro ao meu lado que, mesmo quando tudo parecia desmoronar, segurava minha mão e dizia que ia dar certo”, conclui.

Relatos de quem acompanhou a trajetória

“Estar ao lado da Gi neste ano tem sido viver uma história de amor, fé e resistência. Acompanhar esse processo tem sido, ao mesmo tempo, doloroso e transformador. Como irmã mais velha, tenho aprendido com ela o verdadeiro sentido da palavra coragem. É uma força que nasce do amor e se manifesta na presença, estar junto, mesmo quando não há o que dizer. Fomos unidos pela dor, mas também pelo cuidado”, declara a irmã Débora Mello, em nome da família.

“Este último ano ao lado da Gi foi um verdadeiro teste de coragem, fé e amor para nossa família. Ver minha esposa enfrentar o câncer com tanta determinação me emocionou profundamente. Nossos filhos, ainda tão pequenos, viveram momentos de medo e incerteza, só queria abraçá-los e poder dizer que tudo ficaria bem. Acompanhar cada passo desse processo me fez entender que o verdadeiro amor é estar junto, mesmo quando tudo parece impossível. Hoje, nossa família é mais forte, mais unida e mais grata a cada instante da vida”, conta o esposo Urbano Kaizer.

“Sempre falo que a Gi é uma guerreira, ela é sim, não só pela força que tem, mas também por nunca perder a fé, apesar de tudo que passou até agora e ainda está passando, ela sempre enfrentou tudo e nunca reclamou de nada, ela não questionou Deus em nenhum momento. Ela transformou a dor em força e o medo em fé”, menciona a prima Gisele.

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