Sala das Margaridas: 1 ano de atendimento voltado à mulheres vítimas de agressão

Na quinta-feira, 11, a Sala das Margaridas – espaço exclusivo para atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica – comemorou exatamente 1 ano de sua inauguração. Na terça-feira, 09, a Sala foi inaugurada em mais nove cidades do Estado: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Canoas, Gravataí, Alvorada, Santana do Livramento, Marau, Rio Grande e Parobé.

Localizada na Delegacia de Polícia Civil de Campo Bom, (Av. Emílio Vetter, 422) a sala integra um amplo programa de humanização do atendimento a vítimas de violência. A simples ideia de um espaço mais acolhedor nas delegacias de Polícia Civil é justamente para que as mulheres, vítimas de agressão, se sintam mais acolhidas e estimuladas a denunciarem. Além disso, a sala serve para que os policiais consigam acolher, de maneira mais receptiva e atenta, às mulheres que necessitarem.

A iniciativa contou com o investimento de R$10.000,00, oriundo de doações, e segue um projeto humanizado de atendimento, garantindo a privacidade das mulheres. Na Sala das Margaridas são registradas ocorrências policiais, feita a oitiva da vítima, bem como o pedido de medida protetiva e demais ações que fazem parte da Lei Maria da Penha. O espaço funciona 24 horas por dia.

Segundo o delegado Clóvis Nei da Silva, titular da DP de Campo Bom, desde março de 2020 até o dia 08 deste mês, foram atendidas 355 mulheres. “Muitas ocorrências ou atendimentos não são instaurados pelo fato da vítima não querer dar prosseguimento, apenas registrar o ocorrido. Outros tantos a vítima sequer registra ocorrência, mas quer um aconselhamento. Os principais registros são de Lesão Corporal, ameaça, vias de fato, injúria, difamação”, diz o delegado.

Simbologia do nome

Em entrevista dada ao AG no ano passado, na edição 1.985, sobre a inauguração da sala, foi explicada a simbologia do nome escolhido “Margarida”, que se dá a partir da flor margarida, que é considerada uma das mais fortes da natureza. Faz-se relação com o “bem-me-quer, malmequer”, que pode representar muito bem essa situação das mulheres vítimas de violência.

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