Preservar também é coisa de criança

Eles militam em defesa dos dourados, peixes ameaçados de extinção, aprendem sobre as plantas aquáticas que vivem na bacia do Rio dos Sinos e como é importante preservar os recursos naturais. Eles são os 45 alunos da Escola Municipal 25 de Julho, instituição que é sede para os projetos Peixe Dourado (parceria da Prefeitura com o Comitesinos e Unisinos) e Conhecendo os Banhados, desenvolvido pela própria escola. Desenvolvido desde 2002, o Peixe Dourado é voltado à Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e, tem a escola como polo, pela sua localização. Que é próxima ao Rio dos Sinos, Arroio Schmidt e áreas de banhados.Coordenada pela professora e bióloga Janine da Silva Demenighi, a iniciativa envolve alunos do 1º ao 9º ano que fazem as atividades no contraturno escolar. Nos encontros os alunos realizam diversas ações relacionadas ao meio ambiente, como o estudo de animais, plantas, mata nativa, rios e arroios, coletando fotos e imagens que mais tarde são postados em um blog.  “O projeto tem como objetivo desenvolver habilidades de leitura e escrita, através de atividades práticas e outras recreativas, como desenhos, recortes e textos. O material produzido e registrado pelo grupo serve de fonte para a educação ambiental nas demais turmas, e em outras escolas de Campo Bom, através da internet”, explica Janine.

MONITORES AMBIENTAIS

A iniciativa recebe outras escolas da região para conhecer o laboratório e fazer trilhas, aproximando os estudantes dos pontos fluviais, chamando atenção para a biodiversidade presente. Sempre acompanhados por grupos de monitores ecológicos, compostos por alunos da instituição, que são responsáveis por disseminar a conscientização ecológica.  “Eles possuem um papel fundamental, porque quando saem daqui continuam disseminando conhecimento e a necessidade de proteger nossos recursos naturais”, frisou a coordenadora. 

RÉPLICA DO RIO DOS SINOS

Um dos diferenciais da instituição pode ser visto logo na entrada da escola. A área reservada à educação ambiental abriga, além de uma sala de estudos, um espelho d’água a céu aberto com mais de 4 metros de comprimento, que funciona como uma réplica do Rio dos Sinos, com toda a sua sinuosidade, peixes e plantas aquáticas típicas da região. Por lá, tudo é reciclado, as cadeiras, que antes eram velhas e inutilizadas, foram encapadas com banners, os pneus se transformaram em pufs, cacos de vidro e cerâmica viraram mosaicos e outros materiais recicláveis se converteram em sacolas ecológicas utilizadas pelos alunos para transportar os livros sobre consciência ambiental que ganharam na escola.

ELES DISSERAM

“O material produzido serve de fonte para a educação ambiental nas demais turmas” Janine Demenighi, professora

“Sempre gostei da natureza, e agora sei como posso ajudar a preservar ela”Larissa Morais, 9 anos

“O que eu mais gosto são as trilhas. Sempre procuramos caminhos diferentes, assim toda vez que saímos da escola conhecemos algum local novo” Sofia Eltz Kirchner, 8 anos

“A gente aprendeu além de cuidar e preservar os rios e banhados, a cuidar e não machucar os animais” Alysson Veimiller, 8 anos

Sair da versão mobile