Preços dos alimentos sofrem aumento durante a pandemia

Angélica Spengler/AG

Reajuste de itens da cesta básica, como arroz, e mudança de comportamento do consumidor com pandemia contribuem para elevação.

O aumento nos preços de alimentos, como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja, fez a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) se manifestar sobre o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno e a possibilidade de transtornos no abastecimento.

Os preços mais elevados de produtos da cesta básica é atribuído ao aumento das exportações e a diminuição das importações, motivadas pela mudança na taxa de câmbio que provocou a valorização do dólar frente ao real. O crescimento da demanda interna, impulsionado pelo auxílio emergencial do governo federal, também foi citado pela Abras.

Neste cenário, um pacote de arroz de cinco quilos chega a custar quase R$ 30 em supermercados de Campo Bom. Com isso, o gasto médio em cada ida ao supermercado cresceu cerca de 30%, segundo estimativa da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Em 2019, o ticket médio era de R$ 45. Agora, ele estaria em R$ 60, conforme a entidade.

Ainda sobre os aumentos dos alimentos, de acordo com a Agas os supermercados estão buscando trabalhar com estoques para não repassar os preços da indústria, mas o arroz é um item que ainda deve ter aumento nas gôndolas assim como a farinha de trigo. Já o leite o e feijão teriam chegado ao limite de aumentos, projeta a entidade. “Devido a ser um problema macroeconômico o que temos constatado é que os comerciantes locais estão repassando seus custos, não sendo caso de práticas abusivas que poderiam determinar a atuação do Procon”, afirmou o advogado especialista em direito do consumidor João Orsi, coordenador do Procon Campo Bom.

De acordo com Orsi, os fiscais do Procon estão solicitando as notas fiscais de compra e venda, documentos, observam os estoques e o período em que os produtos foram adquiridos. “Estamos analisando, através do exame das notas fiscais o valor pago pelos mercados a seus fornecedores e o valor de venda dos produtos ao consumidor, visando apurar alguma conduta abusiva. Se for detectado, os estabelecimentos sofrerão multas e outras medidas administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor”, pontua.

Denúncias

Consumidores podem denunciar ao Procon supostas cobranças indevidas no preço dos alimentos. Vale lembrar que o órgão fica na Avenida dos Estados, nº 900, junto ao Espaço Cidadão/Cidadania Benno Felippe Froehlich. O atendimento ao público acontece de segunda a quinta-feira, das 12h30min às 18h30min e sexta-feira das 7h30min às 13h30min. Telefone: 3597-4203.

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