A Polícia Civil de São Leopoldo, sob a coordenação do delegado André Serrão, concluiu nesta segunda-feira (29) o inquérito sobre o acidente ocorrido em 13 de agosto, na BR-116, em São Leopoldo, que vitimou três soldados e deixou outros dois feridos. Todos os envolvidos, com idades entre 18 e 19 anos, eram moradores de Campo Bom.
As vítimas fatais foram Davi Adrian da Silva, Eduardo Hoffmeister e Vitor Golfetto. Já os sobreviventes são Jailson dos Santos Gomes e Leopoldo dos Santos Staudt, que ficaram feridos.
De acordo com o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), o veículo em que os jovens estavam, trafegava acima da velocidade permitida da via, em um trecho onde a velocidade máxima é de 80 km/h. Um dos sobreviventes confirmou a informação durante depoimento.
A perícia também apontou que apenas um dos ocupantes utilizava o cinto de segurança. A falta do equipamento, segundo os peritos, agravou as lesões e reduziu as chances de sobrevivência. Os dois sobreviventes também estavam sem cinto no momento do impacto.
Outro fator destacado pela investigação foi a estrutura da mureta atingida pelo carro. O IGP relatou que o local “apresentava uma extremidade em ângulo reto e não possuía qualquer tipo de proteção metálica (defensa)”. Especialistas apontaram que, se houvesse reforço ou design mais adequado, os danos poderiam ter sido menores.
Os exames toxicológicos descartaram a presença de álcool ou drogas no organismo do condutor. O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, mas não haverá responsabilização judicial em razão da morte do motorista.
O acidente gerou grande comoção em Campo Bom, onde os três jovens foram velados e sepultados.
