Para aquecer e alimentar

Foto: Angélica Spengler/AG

A chegada do frio com força total depois de um início de inverno ameno surpreendeu habitantes de várias regiões do país e disparou o alarme sobre a situação daquela parcela mais vulnerável da população: as pessoas que vivem nas ruas. Em Campo Bom, na primeira semana de julho a mínima registrada foi de 0,2°C, na noite de domingo, 7, com sensação térmica de -1,5°C.

De acordo com Nilson Wolff, coordenador da Estação Climatológica Automática do município, a tendência é que as temperaturas aumentem gradativamente nos próximos dias. Segundo Wolf, a massa polar que causa frio na cidade vai perder força ao longo da semana. Ainda assim, o frio não vai dar trégua durante as madrugadas. “Uma nova frente fria (Sistema de Baixa Pressão) deve chegar em nossa região e a temperatura cai com a entrada de uma massa de ar polar, não tão intensa como a anterior”, observa.

Serviços disponibilizados pelo município

Algumas iniciativas tentam amenizar o sofrimento de pessoas que não têm como se manter aquecidas quando a temperatura despenca. A Secretaria do Desenvolvimento Social e Habitação (SEDSH), através do Centro de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), realiza durante todo o ano acompanhamento às pessoas em situação de rua, não apenas no inverno com a queda da temperatura. Em sua sede, na Rua Rui Barbosa, 197, na área central do município são disponibilizados diversos serviços, além de atendimento especializado com assistentes sociais e psicóloga.
De segunda à sexta-feira é servido o lanche duas vezes ao dia (das 8hs à 11hs e das 14hs às 16hs), são distribuídas também roupas e calçados, arrecadados durante a Campanha do Agasalho, e kits de higiene pessoal.

Quem quiser pode aproveitar para tomar banho e utilizar a máquina de lavar roupas. “Trabalhamos de forma humanizada, de maneira que as pessoas em situação de rua tenham seus direitos assegurados, como o direito a refeições e a saúde. Por isto, contamos com equipes técnicas afinadas no CREAS”, enfatizou Arlete da Silva, assistente social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Campo Bom. “Aqui essas pessoas, encontram todo suporte necessário e têm acesso à duas refeições diárias e uma assistente social que faz os encaminhamentos, seja para o mercado de trabalho, retirada de documentação pessoal ou serviços de saúde”, pontuou o titular da SEDSH, Eduardo Assmann.

De acordo com o secretário, diariamente o CREAS atende aproximadamente 42 pessoas, no entanto apenas cerca de dez são realmente de Campo Bom. “Muitas pessoas que procuram os serviços disponibilizados pelo órgão estão apenas de passagem, são migrantes que utilizam o município como rota”, explica Assmann.

Usuários elogiam o atendimento

“Sempre fui muito bem tratado e acolhido aqui, não tenho do que reclamar. O pessoal é muito atencioso e dão todo o suporte que pedimos”

Volnei dos Santos Pinto, 33 anos

“Gosto muito daqui. O pessoal todo trata a gente com respeito, sem falar que ficou muito melhor na nova sede”

Tiago Teixeira Krug, 35 anos

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