Orquestra Jovem de Campo Bom: instrumento para a transformação

Giordanna Vallejos/AG

Projeto musical inspirador oferece formação completa e oportunidades para jovens músicos

Por Giordanna Vallejos

Campo Bom, uma cidade conhecida por seu compromisso com a cultura, abriga um projeto musical que tem encantado a todos: a Orquestra Jovem. Desde sua criação, em 2011, como Camerata, essa iniciativa tem dado espaço e voz a jovens talentosos, proporcionando-lhes um ambiente propício para o desenvolvimento de suas habilidades musicais, na Escola de Arte e Educação. Hoje, a orquestra é um verdadeiro sucesso, encantando plateias em diversas localidades como: Porto Alegre, Morro Reuter, Parobé, Igrejinha e Novo Hamburgo.

Orquestra de estudos

O professor Claudinei Antônio Frizon, especialista no naipe da percussão, explica que o grupo é atualmente composto por 35 participantes, cujas idades variam de 10 anos até a fase adulta. Ele também destaca a diversidade de instrumentos tocados pelo grupo: “Tocamos as quatro famílias da orquestra, desde as cordas, como violino e violoncelo, até as madeiras, como flautas doce, transversal e clarinete, e os metais, que incluem trompete, trombone, tuba, percussão e bateria. Também temos um naipe extra que engloba violão, baixo, guitarra e piano”, disse ele.

Crescimento de uma iniciativa transformadora

O projeto da Orquestra Jovem, originalmente denominado Camerata, foi idealizado como uma oportunidade de reunir jovens talentosos e oferecer a eles uma formação musical completa. Segundo Renata da Silva, coordenadora de Cultura, a iniciativa cresceu rapidamente: “Ter uma Escola de Arte é um diferencial. A orquestra é o desenvolvimento desses alunos com um gosto pela arte e também é uma oportunidade deles entenderem que eles podem viver dela”.

Renata destaca os casos de sucesso de ex-alunos, como Murilo Finger, que possui sua própria escola de música, e aqueles que ingressaram na UFRGS para estudar música. O maestro Rondineli, que é um músico de orquestra, traz uma perspectiva valiosa para o grupo, que participa ativamente de eventos no município, reforçando o compromisso com a cultura e a valorização dos jovens talentos.

Sinergia de talentos

Eduarda Sidegum Backes, de 16 anos, participa da orquestra desde 2018 e expressa sua paixão pela música: “A música está em mim desde sempre. Logo que entrei na escola, comecei a tocar e, acabei por adquirir diversos instrumentos ao longo do tempo”. Sua dedicação é evidente, e ela planeja continuar estudando música após a faculdade, enxergando na arte uma parte essencial de sua vida.

Luigi Leandro da Silva Dall’Onder, também membro da orquestra, comenta sobre como a música influência seu desenvolvimento pessoal: “Sinto que a música, quando estudada, ajuda no raciocínio lógico. Ela faz várias interseções com a matemática, evolui o pensamento e me ajuda nas atividades da escola, além de ser uma diversão”.

Djonatan Evandro Gutheil, de 31 anos, membro da orquestra e instrutor de banda marcial em Novo Hamburgo, destaca o impacto da música em sua vida: “A música me acalma. Quando eu voltei a tocar, me aliviou. O que mais me prende na orquestra é sentir a vibração dos outros instrumentos”.
Para o maestro Rondineli, a importância da orquestra vai além da formação musical. “A nossa função aqui como escola não é que eles sejam músicos profissionais, isso seria apenas uma consequência, mas que eles usem a música como uma ferramenta para viver no mundo, porque querendo ou não, a orquestra é como uma família”, conclui.

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