Movimento de Igualdade Social comemora 12 anos de transformação social

Arquivo pessoal

Entenda mais sobre o MIS, que tem redefinido paradigmas desde sua fundação

Por Giordanna Vallejos

Há 12 anos, no dia 20 de agosto de 2011, nascia em Campo Bom um movimento que viria a se tornar um farol de igualdade, empoderamento e transformação. Fundado por Júlia Benkenstein e Léo da Silva, o Movimento de Igualdade Social (MIS) emergiu como uma voz incansável para as comunidades marginalizadas.

Desde então, tem sido uma plataforma de visibilidade e participação ativa para a população negra, a comunidade LGBTQIAP+, pessoas com deficiência, mulheres e jovens. Hoje, o MIS reúne um grupo de 18 membros. No coração dessa jornada, está a busca por uma sociedade mais justa e igualitária, onde as vozes consideradas minoritárias ganhem protagonismo e espaço merecido.

Unidos pela mudança

“A nossa primeira ação, foi no Cei, eu e o Léo fizemos uma apresentação de pagode, através do Departamento de Cultura Afro, o Afrobom.”, disse a co-fundadora, Júlia Benkenstein.

“Entendemos que para uma sociedade mais justa, igualitária em direitos, deveres e oportunidades, as parcelas vistas como minorias em nossa comunidade, precisam de mais protagonismo”, afirma Léo da Silva, co-fundador do MIS. Ao longo dos 12 anos de existência, o movimento tem se dedicado incansavelmente a essa visão, catalisando mudanças significativas e empoderando aqueles que por muito tempo foram silenciados.

Retomada da Muamba

Uma das primeiras batalhas vencidas pelo MIS foi a retomada da Muamba Comunitária de Carnaval, evento tradicional que estava à beira da extinção. Júlia relembra: “O carnaval em Campo Bom estava em declínio, muitos sentiam que a negritude ficava perdida e os amantes da cultura precisavam buscar celebrações em outras cidades. Participamos ativamente para trazer de volta esse evento.” Hoje, o carnaval está revitalizado, estruturado, sendo organizado pela prefeitura, mostrando as raízes culturais que antes pareciam desvanecer.

A Semana da Consciência Negra, o Encontro Sorriso Negro e a Blitz Balada Consciente se destacam como iniciativas impactantes, organizadas pelo MIS na cidade, ao longo da jornada desses 12 anos de existência.

Mudança social

“O MIS tem sua importância por representar uma parcela da comunidade campo-bonense que, por muitas vezes, não se sente inserida e ouvida em todos os ambientes”, observa Léo. Por meio de ações sociais, culturais e educacionais, o movimento inspira, educa e desafia as noções preconcebidas, abrindo portas para a inclusão e a empatia.

Olhando adiante, o MIS planeja continuar impactando vidas, promovendo mudanças sistêmicas e fortalecendo a coesão social. Com presença marcante em conferências de relevância, o movimento não apenas levanta suas vozes, mas também dialoga com os formuladores de políticas, abrindo caminho para um futuro onde a igualdade seja uma realidade tangível.

Do pagode no Cei ao renascimento do carnaval, do prêmio Sorriso Negro à influência nas esferas políticas, o Movimento de Igualdade Social (MIS) celebra uma jornada de 12 anos de impacto transformador. Como um farol incansável da igualdade e do empoderamento, o MIS mostra que a mudança social é possível, uma ação de cada vez.

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