Jovem campo-bonense procura pai biológico

A ausência do pai biológico é uma realidade com a qual a administradora Jéssica Maiara da Silva, de 32 anos, convive desde o seu nascimento. Natural de Campo Bom, mas residente em Canoas, na região metropolitana desde a infância, ela é fruto de um relacionamento de apenas uma noite da mãe, Inês da Silva, 52 anos, com um homem conhecido apenas como “Marcio”.

O encontro ocorreu na Boate Farol, famosa casa noturna que funcionava no Clube Oriente e que na década de 80 atraía centenas de pessoas nas noites de sábado para o município. “Minha mãe conheceu o Márcio no mês de junho de 1986 (pela data do meu nascimento dia 18/03/1987, deve ter sido no dia 15/06/1986), ele informou que morava em Novo Hamburgo e tinha um Fusca, ela não lembra se era branco ou bege. Eles ficaram juntos somente uma vez”, relembrou Jéssica.

Os desencontros

De acordo com a jovem, um mês depois do primeiro encontro, em julho de 86, o homem procurou por Inês, que na ocasião revelou que estava grávida, mas Márcio não acreditou e o casal acabou discutindo. “Ele achou que ela estava mentindo, pois tiveram relação somente uma vez, essa conversa aconteceu dentro do Fusca, foi quando meu pai deu um cartão para minha mãe com o contato dele, mas ela (Inês) nervosa e com raiva rasgou o cartão e jogou nele. Não imaginando que nunca mais iria encontrá-lo”.

Quase trinta anos depois Jéssica descobriu a verdadeira história de sua origem e iniciou a busca para conhecer o pai biológico. “Até os meus 29 anos, eu não conversava com minha mãe sobre esse assunto, porque eu achava que iria fazê-la sofrer. Na verdade, eu carreguei essa vontade por todos esses anos, até que um dia tive coragem de conversar e expor a minha vontade. Ela me contou como tudo aconteceu, hoje conversamos normalmente sobre o assunto, sei que ela me falou tudo o que sabe”.

Sair da versão mobile