Jornal A Gazeta: uma ferramenta de ensino

Angélica Spengler/AG

Trabalho desenvolvido em uma escola do bairro Barrinha além de ampliar o universo dos alunos, ajuda a formar leitores e torna as aulas mais interessantes

Em tempos de interatividade via telefone celular e internet, fazer com que as crianças se interessem pela leitura de jornais não é tarefa das mais fáceis, mas certamente é fundamental para formar leitores habituais e cidadãos bem-informados. Trazendo textos com características distintas, fotografia e recursos gráficos, o jornal é uma fonte respeitada para pesquisa e para a obtenção de informação. Estimular o hábito da leitura entre os pequenos é um dos pilares que movem o programa AG Educa, que leva a edição impressa do único semanário de Campo Bom para dentro das salas de aulas do município. A iniciativa realizou mais uma edição na segunda-feira, 9, na Emef Princesa Isabel, o convite foi feito pelas professoras do 4º e 5º ano do ensino fundamental, Daiane Makoski e Lisiane Cunha que utilizam as edições do Jornal A Gazeta como ferramenta pedagógica.

Como se faz jornal?

O diretor e fundador do AG Mauri Spengler falou para os cerca de 40 alunos sobre como as matérias são realizadas, as funções dentro do jornal e respondeu perguntas sobre o cotidiano de uma redação. “Essa interação é muito importante, pois além de trazer o jornal para dentro da sala de aula, busca desfazer dúvidas dos alunos e estimular eles a desenvolverem o hábito da leitura, tão importante para a evolução de cada criança”, relatou Mauri.

De acordo com a professora do 5º ano Lisiane Cunha, é perceptível perceber que quando leva o jornal para a sala de aula os estudantes ficam mais atentos, curiosos e procuram as notícias que falam de suas realidades. “A leitura, além de educar e informar, também é fundamental como instrumento de socialização do indivíduo e todos eles já sabem, na sexta-feira é dia de ler o AG. Utilizá-lo como ferramenta pedagógica durante as aulas, é poder assegurar não apenas a leitura entre estudantes, mas também permitir a contextualização dos fatos do cotidiano da nossa cidade”, explica Lisiane, que afirma que a leitura do jornal desempenha um papel fundamental para que os alunos desenvolvam senso crítico e, também, sejam mais proativos e dedicados quando há alguma atividade que envolva, não só produção de texto, mas também a discussão de temas que acontecem em Campo Bom. “Alguns alunos que lêem jornal chegam, às vezes, com alguma notícia que até mesmo nós, professores, não estamos sabendo, e acabam compartilhando com a turma inteira. Acho que é isso que faz da leitura algo tão importante”, finaliza.

Leitura do jornal contribui para desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento

O domínio da leitura e da escrita é essencial para que o aprendizado, não só de Língua Portuguesa, mas de todas as outras disciplinas escolares aconteçam efetivamente. Para se gostar de ler e escrever é necessário um processo formativo no qual a escola tem um papel fundamental, promovendo momentos, como os que acontecem na Emef Princesa Isabel, onde o aluno tem contato constante com diferentes gêneros e está sempre envolvido em práticas de leitura e escrita. “Eles ficam empolgados para ler, e, principalmente compreender o que acontece em Campo Bom, quando a proposta envolve o AG. O fato deles se reconhecerem nas páginas do semanário e a linguagem jornalística ser de fácil entendimento colaboram com o aprendizado de temas complexos, como política e economia e tornarnando o ensino mais simples”, comentou Daiane Makoski, professora do 4º ano do ensino fundamental.

A garotada que lê o AG

“Eu olho tudo, mas a parte que mais gosto mesmo é a do esporte, sempre vou direto para essa página, depois faço as atividades do AG Kids”

Cassiano Chagas, 10 anos

“Eu gosto quando podemos usar as matérias na aula, conversamos sobre e a professora sempre faz uma atividade diferente”

Yasmim Frank Flores, 10 anos

“Eu gosto muito de ler a página do Mauri, acho legal porque fala sobre coisas da cidade e todo mundo consegue entender. Sempre começo nessa parte”

Júlia Adams, 11 anos

Sair da versão mobile