Empresários fazem carreata pedindo reabertura do comércio na cidade

Angélica Spengler/AG

Diante do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, pedindo que a quarentena – prática adotada nas principais cidades do mundo e apoiadas por médicos, cientistas e entidades como aa Organização Mundial da Saúde (OMS) – sejam suspensas ou flexibilizadas para que a atividade econômica não seja prejudicada, empresários, comerciantes e profissionais liberais de Campo Bom saíram às ruas, no sábado, 28, pedindo a reabertura do comércio.

Segundo o decreto 6.799, o comércio, com exceção dos estabelecimentos que comercializam produtos de primeira necessidade, como supermercados, farmácias e padarias devem permanecer fechado, até o próximo dia 15 de abril. O documento determina ainda que os serviços de bares, cafés e restaurantes só podem manter o funcionamento em sistema de delivery.

O protesto teve o intuito de pressionar o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal contra os decretos assinados pelos Executivos, no sentido de barrar a disseminação do novo Coronavírus. A concentração aconteceu no Complexo Cultura do CEI e aos poucos os manifestantes foram chegando. Usando as cores verde e amarelo, eles saíram em carreata pelas ruas da cidade e tomaram conta de uma das faixas da Avenida Brasil, sentido centro-bairro. “Nossa mobilização partiu da indignação dos empresários e comerciantes de Campo Bom porque nós não estamos de acordo em ficar mais uma semana parados. Porque têm muitas pessoas passando necessidades e precisando trabalhar. Claro, respeitando todas as orientações de segurança e higiene”, afirmou o vendedor e um dos organizadores do ato, Nico Trevizani.

Para a industriária Neusa Mirian Maria,54 anos, a flexibilização do decreto evitaria o fechamento de empresas e o desemprego consequentemente. “Estamos aqui pelo Brasil, por Campo Bom. Na fábrica onde trabalho 40 funcionários foram demitidos desde o início dessas restrições. Precisamos trabalhar, eu estou com medo de ser mandada embora, assim como vários colegas de trabalho”, pontua. As ações foram registradas em cidades como Novo Hamburgo, Gravataí, Caxias do Sul, Candelária, Rio Grande, Dois Irmãos, Passo Fundo, Lajeado, Canoas, Esteio, Cachoeirinha, Sapiranga, Taquara, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana.

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