Em média, apenas 10% da população faz a separação correta do lixo no município

Giordanna Vallejos/AG

Camadas de lixo formam grandes morros localizadas na usina de reciclagem

Montanhas verdes na usina de reciclagem, são constituídas não por formações geológicas, mas sim, por camadas de lixo, empilhadas uma sobre a outra, do antigo aterro sanitário. Esses morros relembram que tudo que consumimos gera um impacto e deixa uma marca no meio ambiente.

O aterro é um resultado da não possível utilização dos resíduos para reciclagem. Isso ocorre quando existe a falta de consciência da população, na hora de fazer a separação entre o lixo orgânico e o lixo seco. Segundo o presidente da Cooperativa Coolabore, Geraldo Simmi, 90% dos resíduos do município vêm misturados. “Vem, em média, 40 toneladas de lixo por dia. Dessas 40, apenas 11% recebemos com a separação correta. O que falta é a população fazer a separação. Muitos dão desculpas, que o caminhão passa e leva tudo misturado, mas se você separou um do outro, mesmo que venha com o caminhão normal, não vai misturar”, disse.

Importância da separação

Ele relata que a separação influencia em tudo. “Se estiver separado, vai ter um material seco de qualidade e com o beneficiamento desse plástico não gasta água para limpar. Já o plástico contaminado, com resíduo de gordura, o custo é muito alto para lavar, o papel se perde, caso misture com o orgânico. Então quando não vem separado, temos um lucro menor e temos que cobrar um preço maior, e desincentiva a venda de reciclados. Acaba valendo mais a pena o produtor comprar a matéria-prima virgem, gerando uma cadeia de impacto ambiental”.

Floração e Horta Comunitária

Além disso, Geraldo explica que o correto é a população fazer a compostagem em casa, com as cascas de frutas e restos de verduras. Outra alternativa seria levar os resíduos orgânicos na horta comunitária da Aurora, para trocar por vegetais ou no projeto Floração, ambos mantidos pela Secretaria do Meio Ambiente, para efetuar a troca por mudas de hortaliças.

INVESTIMENTO NA USINA

O secretário de Meio Ambiente, João Flávio, destaca os investimentos que foram feitos nos últimos anos na central municipal de recebimento de resíduos. “Foram construídas três coberturas, de quase 900 metros quadrados, afim de melhorar o recebimento dos resíduos que são coletados diariamente, protegendo da chuva e com isso criando condições de melhoramento desse material para ser triado pela Cooperativa Coolabore”, disse ele.
Ele também ressalta que houve investimento que ultrapassa um milhão de reais na usina, e que entre eles houve o investimento em uma esteira nova de triagem, criando uma plataforma aérea, com melhores condições para os cooperados.

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